A Região Metropolitana de Campinas apresenta uma das maiores epidemias da dengue dos últimos anos. De acordo com a pesquisa divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde, no dia 18 de março, já tinham sido confirmados 3,7 mil casos de dengue na RMC. O município de Jaguariúna até do dia 16 de março, constatou 160 casos já confirmados e 310 em fase de apuração.
Buscando diminuir a epidemia, a Faculdade de Jaguariúna, por meio da coordenadora do curso de Engenharia Ambiental, Claudia Vaamonde Villar Siqueira, assim como professores e alunos do curso, preocupada com o aumento da população desse mosquito e consequentemente, o aumento de casos de dengue, realizou uma ação de combate ao mosquito.
O objetivo da ação foi levantar os locais propícios para criação de mosquitos no campus II da FAJ, produzindo armadilhas de captura do mosquito, além de desenvolver e implantar um plano de Educação e Conscientização para redução dos criadouros do inseto.
Segundo a professora Kamila Massuda, os alunos do 1° e 3° semestres foram amplamente receptivos ao projeto. “No dia determinado para a vistoria do campus, uma forte chuva caiu sobre a região, mas isso não impediu que os alunos realizassem uma busca por possíveis criadouros das larvas do mosquito da dengue. A maioria veio preparada, trazendo capas de chuva, botas, jaquetas impermeáveis e guarda-chuva. Muitos dos grupos formados interessaram-se por elaborar projetos, visando a eliminação do mosquito”, conta.
Após a vistoria, os alunos foram orientados a elaborarem um relatório da atividade e incentivados a propor projetos que testassem novos meios de combate ao mosquito. “Muitos alunos, empolgados com o projeto, já confeccionaram algumas armadilhas e aguardam a liberação da instalação destas. O projeto de instalação das armadilhas ainda passa por ajustes dos professores e em breve será enviado para apreciação da diretoria”, explicou Kamila, que demostra sua satisfação com o empenho dos graduandos. “A resposta dos alunos em relação ao projeto foi surpreendente. A comoção gerada entre eles, procurando estratégias que revertam o quadro encontrado atualmente, estimula qualquer professor a investir não apenas na causa contra a dengue, mas em acompanhar os projetos propostos por eles e o desenvolvimento de cada um”, destacou.
Por Lucas Dal’ Bó