Lixo comum ocupa topo da lista na escolha da população do município
Quando descartadas de forma incorreta, substâncias ativas presentes nos medicamentos se acumulam no solo ou na água e podem causar alterações importantes que prejudicariam a saúde. Cientistas vêm demonstrando que alguns medicamentos encontrados no meio ambiente podem causar alterações como, por exemplo, o estrógeno que, quando descartado em rios e mares, pode resultar em uma ameaça na reprodução da espécie.
Com base nestas informações, professores e alunos do curso de Farmácia da Faculdade Max Planck realizaram uma pesquisa, ao longo de 2012, sobre os hábitos de descarte de medicamentos da população de Indaiatuba e o resultado foi alarmante. “Detectamos que o lixo comum é mais utilizado como descarte de medicamentos e, além disso, as pessoas têm escolhido ralos de pia e vaso sanitário como opção de descarte de medicamentos”, lembra a coordenadora do curso Maria Lúcia Martins.
Com base nos resultados encontrados, alunos e professores sugerem um programa de reeducação na área da Saúde, com ações que mostrem à população os riscos que o descarte incorreto dos medicamentos pode causar. “Se continuarmos com estas atitudes, as substâncias ativas presentes nos medicamentos serão acumuladas no solo ou na água, causando alterações importantes e até mesmo ameaçando a saúde do ser humano”, ressalta Martins.
Para se evitar a contaminação é preciso descartar os medicamentos em locais ou recipientes adequados que, posteriormente, serão incinerados, reduzindo o risco ao meio ambiente. A pesquisa realizada pelos alunos de Farmácia da Faculdade Max Planck foi apresentada durante o Encontro de Iniciação Científica (ENIC), que aconteceu em novembro, na unidade 2 da Faculdade.