Arquitetura e Engenharia Civil unem esforços em projeto de revitalização urbana de Indaiatuba
Estudantes irão desenvolver ações em praças e mobiliário urbano da cidade
De um lado está a preocupação dos arquitetos urbanistas em garantir maior qualidade estética e funcional em suas intervenções urbanas, sempre tendo como norteador a responsabilidade social. De outro, a busca dos engenheiros civis pela compreensão das reais necessidades e caminhos para que o desenvolvimento ocorra. A intersecção entre profissões tão importantes para a sociedade, que às vezes são vistas equivocadamente como rivais, é colocada em prática na MAX por meio de um projeto arrojado e de extrema importância para a cidade de Indaiatuba. A ideia nasceu de um convite do vereador João de Souza Neto (Januba da Banca) e já está em plena execução.
“Nós recebemos o convite do vereador Januba, que tem uma vivência de mais de 35 anos nas regiões periféricas da cidade. E por ser uma proposta de grande interesse da comunidade, houve um alinhamento total com os objetivos da MAX. Dessa forma, poderemos contribuir para a formação humanista do aluno, que aprende desde cedo seu papel na sociedade, além de ser uma ótima oportunidade de praticar os conceitos em sala de aula”, explica o coordenador do curso de Engenharia Civil, professor Leonardo Damigo.
Batizada de Projeto de Revitalização de praças e mobiliário urbano de Indaiatuba, a iniciativa reúne alunos de vários semestres de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil. “Os estudantes realizaram uma análise no local, entrevistaram usuários e moradores para apresentar um diagnóstico das necessidades e desejos da comunidade local para, a partir disso, propor um desenho de revitalização das praças, e de mobiliário urbano, incluindo bancas de jornal, bancos, lixeiras, bicicletários, entre outros”, explica a coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo, professora Elena Furlan da França.
Na primeira ação prática do projeto, os alunos fizeram visita técnica aos locais que receberão as benfeitorias. Acompanhadas dos coordenadores, as turmas estiveram em quatro praças diferentes da cidade: Praça do Mercado Kato, região do CECAP onde se localiza a banca do vereador Januba; Praça Andréa Bonachela, no bairro da Vila Costa e Silva; Praças Ana Maria Ambil Barnabé e Juvenal Limeira, na região da Vila Brizola.
Para a medição das praças e bancas, os alunos da Engenharia Civil montaram estações de trabalho topográfico com teodolitos, réguas e prismas, além de marcações adequadas em torno das áreas medidas. Na oportunidade foram aplicados os conceitos e procedimentos práticos das disciplinas de Topografia, Desenho Técnico e Materiais da Construção Civil. A participação dos alunos de Arquitetura teve como objetivo a percepção do perfil socioeconômico a fim de analisar questões como mobilidade e acessibilidade dos pedestres, desejos dos usuários e moradores, paisagismo e estrutura urbana. A partir da disciplina Urbanismo I, praticaram conceitos como Planejamento e desenho de espaço público, análise topográfica e o diagnóstico sociocultural. “Com essa atividade os estudantes poderão compreender e analisar o espaço público coletivo, apresentando propostas que agreguem ao espaço púbico e melhorem a qualidade de vida dos usuários”, diz a professora Elena.
A iniciativa foi aprovada pelos futuros profissionais. “O aprendizado é amplo, pois temos vivenciado o que de fato acontece e que por vezes não nos atentamos. O desenvolvimento do projeto é uma oportunidade de participar com o que de fato nos compete como profissionais, é uma pequena amostra do que podemos realizar. Então, este trabalho vem a melhorar diferentes contextos da cidade de Indaiatuba, que vinham sendo esquecidos. Uma forma de impactar positivamente, não só as áreas de atuação, mas também o seu entorno”, declara a aluna Alana de Souza Oliveira, do 8º semestre de Arquitetura. “Achei super interessante, pois dessa maneira os alunos aprendem na prática e ainda ajudam a melhorar a cidade. Como nunca havia feito um trabalho externo na área de Engenharia, aprendi uma medir um terreno e como usar os equipamentos corretamente, o que foi uma experiência muito relevante para mim. Com certeza vou levar o que aprendi para as próximas etapas do curso”, relata a aluna Rafaela de Fátima Messias, do 2º Semestre de Engenharia Civil.
“Essa parceria reforça o compromisso constante da MAX em oferecer um ensino humanista de qualidade e que capacite profissionais conscientes de seu papel na sociedade. E isso se aplica a todos os cursos da Instituição, que juntos, em 2016, conseguiram impactar mais de 140 mil pessoas com o desenvolvimento de dezenas de projetos e ações sociais”, afirma o gestor institucional da Faculdade Max Planck, professor Heleno da Silva Luiz Junior.
30/08/2017
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