Disfunção Cognitiva Felina: Casa Vogue da Globo divulga texto com participação do Grupo UniEduK

O médico veterinário Rodrigo Trolezi, docente do curso de Medicina Veterinária do Grupo UniEduK, deu dicas de como melhorar a rotina do animal com Disfunção Cognitiva Felina para o Casa Vogue, site do Grupo Globo.

Confira o texto da Casa Vogue, site da Globo na íntegra:

Disfunção cognitiva felina: como identificar e cuidar do seu gato

Mudanças comportamentais podem afetar seu animal de estimação a partir de determinada idade; saiba tudo sobre a doença

Conforme vivem mais, os gatos podem desenvolver doenças com as quais os tutores ainda não estão habituados a lidar. Uma delas é disfunção cognitiva, também chamada de “demência felina”, que altera o comportamento desses animais a partir de certa idade, exigindo cuidados. Casa Vogue conversou com especialistas para que você entenda, identifique os sintomas e saiba o que fazer, caso necessário.

Os sintomas se assemelham aos da demência nos humanos, afetando a estrutura cerebral do animal, e começam a aparecer a partir dos 10 anos, quando os bichinhos são considerados “seniors”. Mudanças comportamentais, como desorientação, alterações de humor e do ciclo do sono (passando a ficar acordado em horários em que geralmente dorme, e vice-versa), inquietude, agressividade e diminuição da higiene – como parar de se lamber ou passar a urinar e defecar fora da caixinha de areia – começam a fazer parte da nova rotina.

Embora mais raros, os primeiros sinais podem surgir a partir dos 6 anos, independente da raça que o gato seja, afirma a biológica Juliana Damasceno, fundadora da WellFelis e especialista em comportamento e bem-estar felino.

“Pode haver perda de visão, audição, do olfato, tato, do senso de direção… Ele pode começar a ficar atáxico, que é andar de perninhas abertas, não encontrar os pontos onde ficam seus recursos e a vocalizar (miar) mais exacerbado, tanto em volume tanto em frequência, além de apresentar agressividade por conta de dor nas articulações e membros em geral. Por isso, é necessário levá-lo ao veterinário a cada seis meses a partir dessa fase”, alerta.

A médica veterinária Vanessa Florêncio da Silva reforça. “É muito importante o acompanhamento de clínico veterinário para que ele seja avaliado corretamente, e não somente correlacionar essas alterações ao avanço da idade. Normalmente esse animal chega até nós já com sintomas neurológicos mais avançados, como a vocalização noturna excessiva, que começa a interferir na rotina da casa”.

Como ajudar?

Identificada a disfunção, é necessário cuidar do bem-estar do gato, facilitando seu acesso à água, comida e caixinha de areia. Caso existam outros gatos na casa, não é necessário separa-lo dos companheiros, dizem os profissionais.

O veterinário Rodrigo Trolezi, docente do curso de Medicina Veterinária do Grupo UniEduK, dá dicas de como melhorar a rotina do animal. “Podemos fazer uso de feromônio facial sintético, que auxilia na redução da ansiedade, além de enriquecer o ambiente com escalas ou brinquedos que estimulem a curiosidade, o comportamento de caça, ou diferentes formas de obter alimentos e petiscos”.

Juliana concorda. “Um gato idoso precisa brincar, mesmo que com intensidade mais branda, para ter enriquecimento mental. Estimulações cognitivas são importantes, como brinquedos com chocalhos, que ajudam no senso de direção. É bom facilitar com um apoio o acesso deles para cima da cama e mobiliário, além de distribuir pela casa locais para alimentação, hidratação e caixa de areia. E procurar um comportamentalista para auxiliar em cada caso”.

Manter o gato ativo ao longo da vida pode ser uma forma de retardar o possível desenvolvimento de sintomas, afirma Vanessa. “Passeios externos, apresentar o animal a novos estímulos sensoriais, interação com outras espécies e quebra-cabeças alimentares, são formas de gerar estímulo mental, que aumentam a atividade cerebral e podem levar à preservação dos neurônios”.

Há cura?

Infelizmente a medicina veterinária ainda não descobriu como reverter o quadro de disfunção cognitiva felina, afirmam os profissionais. “Não há cura, pois vai havendo uma morte de células nas conexões cerebrais. Existe tratamento, mas é difícil até o diagnóstico, pela dificuldade dos veterinários na identificação”, explica Juliana.

 

Crédito: Casa Vogue/ Jonathan Pereira

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