Estão envolvidos no treinamento para o monitoramento do Covid-19 estudantes do 5º, 7º e 9º semestre. A ação faz parte do projeto UniEduK Segura e a orientação é feita pela professora Thaís de Freitas Pedrini
Com o intuito de qualificar a partir das melhores práticas de abordagem, o curso de Enfermagem do Grupo UniEduK (UniFAJ e UniMAX) realizou treinamento para o monitoramento do COVID-19 com cerca de 150 alunos do 5º, 7º e 9º semestres que atuam no projeto “UniEduK Segura”.
“Todos os casos de COVID-19 confirmados, suspeitos, contactantes notificados, são monitorados pelos alunos de Enfermagem dos últimos semestres. Por meio do acolhimento, escuta, orientação de modo ético, o acompanhamento pode ser presencial ou por teleatendimento”, explica professora Thaís de Freitas Pedrini, que orienta os alunos.
Em seguida, a professora acrescenta: “O objetivo do monitoramento é realizar ações de promoção, prevenção e controle da doença, eliminando ou reduzindo ao máximo os riscos de transmissibilidade e contaminação do Covid-19 nos ambientes de ensino e atuando fortemente para garantir a integridade física e mental, o bem-estar e a qualidade de vida dos alunos, professores, colaboradores e prestadores de serviços. Todos os dados individuais coletados são sigilosos, mantendo a confidencialidade e o rigor ético das informações”, conta Thaís.
De acordo com a docente, as condutas estabelecidas seguem os protocolos da OMS (Organização Mundial da Saúde), OPAS (Organização Pan-americana da Saúde), Ministério da Saúde, CFEN (Conselho Federal de Enfermagem) e COREN (Conselho Regional de Enfermagem). “A partir destes atendimentos é gerado o Relatório Gerencial, instrumento utilizado para gestão, análise e controle dos casos de COVID- 19 nos centros universitários com o objetivo de demonstrar graficamente os atendimentos realizados; criar plano de ação e; trabalhar de forma proativa”, diz.
A gestora acadêmica, professora Elaine Valias, destaca a importância para os alunos. “Acredito que para o discente é uma experiência super relevante, visto que além das competências de cuidado e assistência, atua frente ao gerenciamento, organização das escalas, gerenciamento de pessoas, organização de um serviço. Além disso, desperta uma maior conscientização do cuidado com o outro, algo que precisamos despertar em nossa sociedade que passa por tantos desafios éticos”, salienta.
Por sua vez, o orientador pedagógico, professor Alexandro Marcos Menegócio enfatiza ser de extrema relevância o uso de protocolos singularizados para atenção aos discentes e colaboradores com suspeita de Covid-19, além ações de prevenção envolvendo uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), distanciamento social e higienização das mãos, como medidas de educação em saúde nos campi.
VISÃO DOS ALUNOS LÍDERES DO PROJETO UNIEDUK SEGURA
Desde 2019, Tainara Bento dos Santos é a líder do projeto na UniMAX e conta que: “Trata-se de um projeto dos alunos de Enfermagem com plantões de primeiros socorros para alunos e funcionários do campus. Antes desse projeto, quando alguém precisava de atendimento imediato, procurava algum professor de Enfermagem que, na maioria das vezes, estava em aula. A ideia do professor Alexandro possibilitou os alunos praticar o que aprenderam, o que possibilitou aperfeiçoamento, autonomia e experiência para os alunos, além de, uma valorização da Enfermagem”, fala.
A aluna comenta ainda que com a pandemia de Covid-19, o projeto UniEduK Segura iniciou o atendimento e a monitorização de casos suspeitos e confirmados no campus, de forma presencial ou teleatendimento seguindo o protocolo por 14 dias. “Isso é muito importante, pois conseguimos controlar os casos no campus, acompanhar a evolução dos pacientes e sanar as dúvidas”, reforça.
“Em todo esse trabalho, fico mais na parte da gestão, orientando os alunos no processo de trabalho, elaborando escalas de plantões, gestão de conflitos, proporcionando treinamentos, organização e assistência quando necessário. Tudo isso, faço de forma voluntária, sendo o interesse maior o aprendizado. O projeto me possibilitou desenvolver algumas habilidades que o enfermeiro precisa ter como dimensionamento de pessoas e de trabalho, criatividade e gestão de conflito, o que sinceramente não é uma tarefa fácil”, afirma Tainara.
Por fim, o aluno Guilherme Torres, do 9º semestre, líder do projeto na UniFAJ diz que: “Ao se falar da monitorização, devemos dar os parabéns aos envolvidos nesse projeto como os docentes e alunos, pois esse trabalho foi, está sendo e será muito importante não só internamente para a instituição, mas externamente também. Ser convidado a fazer parte desse projeto incrível foi uma experiência sensacional, pois estou conseguindo realizar o que sempre sonhei "Ser Enfermeiro", e ajudar a estabelecer um parâmetro adequado para a saúde nesse momento assustador que estamos vivendo. Sendo assim, só temos que agradecer a todos pelo empenho e dedicação”, conclui.
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Texto: Tatiane Dias – (MTB 67029)
