Na última edição do Jornal ACIJ (Associação Comercial e Industrial de Jaguariúna) publicada neste mês, o Coordenador Anderson de Barros, do curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Jaguariúna, foi destaque em encontro promovido pela ACIJ. O “Café com Contabilistas” segundo a Associação Comercial proporcionou uma troca de informações e compartilhamento de boas práticas com o intuito de atender às determinações e aos clientes de forma eficaz.
Leia a matéria na íntegra:
Obrigações eletrônicas mudam rotina de escritórios contábeis
Por - ACIJ (Associação Comercial e Industrial de Jaguariúna) De forma geral, os profissionais precisam estar sempre atualizados para prestarem um bom serviço, mas hoje a Contabilidade vem sendo um capítulo à parte, uma vez que a receita federal, gradativamente, vem implantando sistemas informatizados que permitem uma maior organização e transparência na situação contábil e fiscal de pessoas físicas e jurídicas. A padronização e compartilhamento das informações, com transmissão única para diferentes órgãos, faz com que o controle dos processos seja mais eficiente, levando a uma fiscalização mais efetiva das operações, através do cruzamento de dados, que podem ser checados por auditoria eletrônica.
Pois foi justamente este o motivo que levou a Associação Comercial e Industrial de Jaguariúna (ACIJ) a promover, em agosto último, o Café com Contabilistas, uma oportunidade para troca de informações e compartilhamento de boas práticas com o intuito de atender às determinações e aos clientes de forma eficaz. O coordenador da área de Ciências Contábeis da Faculdade de Jaguariúna (FAJ), professor Anderson de Barros Silva, foi o âncora do encontro, que teve como destaque os impactos que as declarações e informações eletrônicas disponibilizadas ao Fisco podem ocasionar, quando comparadas as dos Impostos da Pessoa Jurídica (DIPJ), Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon), entre outras, além de cartões de crédito e Simples Nacional.
Para se adequar às regulamentações do governo federal, de acordo com Anderson Barros, serão necessárias mudanças na rotina interna de trabalho dos escritórios que atuam na área da Contabilidade. “Atualmente, muitos profissionais ainda têm foco direcionado ao simples cumprimento de obrigações e geração de guias, mas não é bem isso que o mercado espera. Hoje, o contador precisa ir além, ter um papel mais ativo no acompanhamento e gestão dos dados gerados e transmitidos e fazer uma análise prévia das informações de forma que contribua com as estratégias de gestão da empresa”, comenta.
Para manter-se atualizado, diz o professor, o profissional da área, mais do nunca, precisa estar conectado com os avanços tecnológicos, com novas técnicas, procedimentos e normas de contabilidade, hoje alinhadas com as Normas Internacionais. Possuir conhecimentos Anderson de Barros destacou os impactos que as declarações e informações eletrônicas podem ocasionar se não forem declaradas de forma correta sobre os setores em que seus clientes atuam, normas tributárias e assuntos da atualidade foram outros pontos ressaltados, assim como a educação continuada que, segundo ele, é ponto fundamental.
Aproveitando o tema Educação, perguntamos a Anderson Barros se devido a essas novas regulamentações houve mudanças na grade curricular do curso de Ciências Contábeis e a resposta foi positiva. “O grande impacto foi a entrada (nos últimos anos), das Normas Internacionais de Contabilidade. Nossos alunos recebem hoje uma grande carga de informações exigidas por essas normas e precisam, além do embasamento técnico, comum à profissão, saber como interpretar, exercer julgamento e aplicar os conceitos dessas normas no dia a dia”, explica e completa dizendo que outro ponto que impactou o ensino da Contabilidade foi a complexidade das exigências das normas tributárias e dessas novas obrigações eletrônicas, principalmente do SPED, tornando fundamental o domínio de programas, sistemas e declarações eletrônicas por parte dos alunos”.
Até agora, em relação ao Fisco, no âmbito municipal já está em vigor a Nota Fiscal Eletrônica de Serviços (NFS-e), com toda escrituração dos livros de serviços tomados também feita eletronicamente; nos âmbitos estadual e federal, já estão informatizados o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED); o e Social; a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e); Comprovante de Transporte Eletrônico (CT-e); Cupom Fiscal Eletrônico (CF-e) e outros.
- Lucas Dal' Bó
Assistente de Marketing
FACULDADE DE JAGUARIÚNA