
Da UniFAJ para o Japão: conheça a trajetória profissional de Alex Sandro de Oliveira Filho, engenheiro de controle e automação
Com um histórico profissional de 12 anos na montadora Toyota, Alex compartilha sua trajetória e a recente experiência na Ásia
Quando começou a frequentar o curso técnico de mecatrônica aos 14 anos, o sonho de Alex Sandro de Oliveira Filho, engenheiro de controle e automação formado pelo Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ) em 2019, era ser piloto da aeronáutica. Para isso, estudou por dois anos em um curso preparatório, mas por muito pouco não foi aprovado.
Isso não deixou de ser uma frustração, mas não impediu que Alex seguisse em sua missão de se capacitar e trilhar seu caminho profissional. “Comecei a pesquisar outras opções que eu tinha e, com o objetivo de construir algo, conheci o curso técnico de mecatrônica e acabei me apaixonando”, conta.
Alex começou então a estudar em uma escola particular em Campinas, que oferecia ensino médio e técnico juntos. Mas, seis meses após o início do curso, sua família percebeu que não seria mais possível pagar pelos estudos e, por isso, ele precisaria parar de estudar nessa escola.
“Comecei a procurar por oportunidades de estágio e conversei sobre a situação com meus professores e coordenadores da escola. Nesse momento, por saberem que eu iria sair, pediram que eu levasse minha carteira de trabalho na secretaria da escola e eu soube que seria contratado para um estágio. Com isso, passei a estagiar no laboratório de mecatrônica e recebi bolsa integral nos estudos”, explica.
Assim Alex se formou em técnico mecatrônico com a ideia de fazer engenharia. Foi então que, aos 17 anos, começou o curso de Engenharia de Controle e Automação na UniFAJ. Ele obteve auxílio do ProUni municipal e fazia alguns trabalhos consertando ar-condicionado e geladeiras. E então, no quinto mês do primeiro semestre de faculdade, Alex foi chamado para uma entrevista de estágio na Toyota.
Mercado de trabalho
A empresa japonesa estava inaugurando uma planta em Artur Nogueira, a primeira fábrica de empilhadeiras no Brasil e América Latina. Alex começou a estagiar em junho de 2013 no departamento de engenharia de produção para auxiliar na montagem da linha de produção das empilhadeiras.
Foram dois anos de estágio até ser efetivado como analista de processos. Hoje, quase 12 anos depois, Alex também é pós-graduado em Gestão Estratégica de Negócios e é o colaborador mais antigo do departamento, trabalhando na engenharia de produção responsável pelo desenvolvimento da linha de produção de novos modelos de empilhadeiras ou em projetos relacionados à mudança de design ou de funcionalidade das máquinas.
“Dentro da engenharia de produção passei por todas as áreas e me especializei no setor de processos de pintura. Hoje sou responsável pela liderança de novos projetos e por dar apoio aos demais colaboradores de todas as áreas da engenharia de produção”, explica.
Experiência internacional
Alex acaba de voltar de um período de trabalho na fábrica da Toyota no Japão, onde esteve entre fevereiro e dezembro de 2024. “Foram 11 meses de imersão no método de trabalho dos japoneses com o objetivo de poder aprender e trazer para cá essa metodologia para aprimorar nossos projetos internos e implementar novas tecnologia no Brasil”, diz Alex.
A experiência, segundo o engenheiro de controle e automação, foi extremamente valiosa. “Já sou familiarizado com a cultura japonesa por trabalhar na Toyota há muitos anos, mas a experiência também foi uma grande oportunidade de aprimorar a língua japonesa, que eu já tinha começado a estudar aqui no Brasil”.
Durante a viagem Alex também teve a oportunidade de visitar a China, onde esteve por uma semana para visitar a fábrica da montadora.
Essa foi a segunda vez que Alex esteve no Japão. Na primeira, em dezembro de 2022, participou de uma disputa entre empresas do grupo. “A Toyota cria competições internas com o objetivo de aumentar o conhecimento e a capacidade dos colaboradores e da empresa como um todo. Na ocasião, fui treinador de um operador de soldagem e conquistamos o quarto lugar da competição, um feito inédito para representantes brasileiros na competição”, comemora.
Sobre os estudos no centro universitário, Alex só tem boas recordações. “A UniFAJ foi uma faculdade muito boa, sempre desenvolvendo projetos com os alunos, o que me ajudou a aprimorar a experiência na prática. Tudo o que aprendi na faculdade eu consegui colocar em prática e isso me ajudou muito”.