Longa foi eleito pelo júri popular como Melhor Filme no 47º Festival de Cinema de Brasília
Por Márcio Aguiar
O documentário “Sem Pena” que retrata as adversidades vividas pelas pessoas presas e processadas criminalmente será exibido na segunda-feira (30), às 19h, no Cine Topázio, no Polo Shopping. A sessão especial que faz parte do Projeto Cultura X Prática X Ação Social do Curso de Direito da Faculdade Max Planck será somente para os alunos do Curso de Direito.
De acordo com o coordenador do curso, professor Alexandre Soares Ferreira, a exibição do documentário é uma parceria entre o Centro Acadêmico de Direito que está com nova diretoria, com o Cine Topázio e Polo Shopping. “Estamos criando o evento englobando tanto a questão das aulas práticas, quanto à necessidade do curso e dos alunos em desenvolver cultura e beneficência, além de adquirir conhecimento extremamente relevante para o Curso de Direito”, contou.
Ainda segundo o docente, trata-se de um evento fechado para a faculdade, para os alunos do curso que terão desconto nos ingressos que custarão somente R$ 5, no entanto, os estudantes devem contribuir com um litro de leite, que será doado para a Federação das Entidades Assistenciais de Indaiatuba (FEAI).
O documentário Sem Pena, eleito pelo júri popular como Melhor Filme no 47º Festival de Cinema de Brasília, retrata as adversidades vividas pelas pessoas presas e processadas criminalmente e apresenta vários depoimentos. O filme traz ainda testemunhos de juízes, promotores, advogados e especialistas do sistema de justiça criminal. A partir de imagens impactantes de prisões brasileiras, o documentário pretende estimular uma análise crítica da realidade do sistema de justiça, destacando temas relativos à alta taxa de encarceramento e a falta de acesso à justiça no Brasil.
No dia do evento, os alunos irão diretamente para o cinema e antes e após o filme, os professores, através de sistema de áudio disponibilizado pelo cinema, tecerão considerações acerca do documentário.
Sem Pena
O documentário Sem Pena, do diretor Eugênio Puppo, aborda a questão do sistema carcerário brasileiro, com seus preconceitos, limitações e desafios. Para a produção do longa metragem, o cineasta fez uma parceria com o IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa) para investigar o sistema judiciário e sua relação com a estrutura carcerária do país. Com vários depoimentos perturbadores e complexos, o filme traz a curiosa escolha de não mostrar o rosto dos entrevistados, deixando o espectador fazer conexões poéticas com outras imagens destinadas a representar a justiça. A consequência desta escolha é uma obra inovadora, instigante e muito complexa, e aborda direta ou indiretamente a questão da prisão e da liberdade individual.
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