Trabalhando na cantina e cursando Nutrição, Toninha vivencia sua paixão: cozinhar
Respeito, amor, humildade e dedicação. Esses são os lemas de Antônia Sena de Alencar, ou somente Toninha, como gosta de ser chamada. Com 51 anos e mãe de três filhos, Toninha é a ‘tia’ da cantina da Faculdade Max Planck e também cursa o 2º semestre de Nutrição. “Lembro de cozinhar para as poucas bonecas que eu tinha quando criança e adorava”, conta.
Cozinhar e servir as pessoas sempre foi a paixão de Toninha. Roceira com orgulho, se mudou para Indaiatuba em 2009. Enfrentando alguns problemas, conseguiu ajuda para vender pães e bolos e, após 30 anos sem estudos, fez quatro cursos até chegar ao técnico em Nutrição Dietética, do Maxtec. “Foi nesse momento que minha vida começou a mudar”, diz.
Quando iniciou os estudos na Max, Toninha se identificou com o curso e recebeu ajuda, sendo convidada para trabalhar na cantina, na qual está há mais de um ano. “Comecei limpando as mesas e servindo coffee break, mas precisava de um estágio e mais uma vez a Faculdade me ajudou”, conta Toninha, que então começou a cozinhar para os professores.
Esse ano, a estudante começou o curso de Nutrição, que tem lhe ajudado a crescer como pessoa. “Todos os professores me ajudaram muito desde o início”, conta Toninha, que fez um jantar especial com direito a discurso para os professores. “Foi a forma que encontrei para agradecê-los por tudo o que fazem por mim. Sinto um carinho enorme e todos são maravilhosos”, afirma emocionada.
Mesmo com todo o crescimento, Toninha sabe que a humildade é essencial para sua vida. “Aprendi a enxergar as pessoas de outra forma, observando mais e criticando menos, sempre respeitando a todos”, diz a aluna que ainda reflete. “Para acreditar, tem que querer, e ter fé, não parar no meio do caminho para contar quantos passos você andou para pular um obstáculo, são muitos, mas a vontade de vencer tem que ser maior, não pisar em ninguém pois precisamos uns dos outros. Acreditar é poder olhar para estes pés de manga observar que um dia eles foram mudinhas, enfrentaram vento, frio, sol, chuva, calor, seca, tempestade, a brisa da madrugada, um lindo entardecer, enfim...”.
Hoje, Toninha é muito feliz por tudo o que conquistou e agradece a Faculdade e os professores sempre. “Antigamente, as pessoas duvidavam e tinham dó de mim. Hoje, graças a Faculdade, sou uma pessoa forte, inteligente e que sabe o que quer. Costumo dizer que a Max Planck é o meu futuro na prática”, brinca Toninha, que ressalta como o respeito é importante para ser uma pessoa do bem, lembrando sempre em oferecer seu melhor e acreditar em si mesmo.
Em relação aos planos futuros, Toninha tem o sonho de escrever um livro e também um caderno de receitas. “Meu livro chamará Quem Eu Era, Quem Eu Sou, e já tenho as três primeiras páginas escritas”, finaliza.
