Estudo que avalia a saúde mental dos universitários abre pesquisa aos novos estudantes de 2025

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No ano passado, o projeto "Saúde Mental dos Universitários" conseguiu respostas de mais de 3 mil alunos sobre suas condições emocionais, mentais e psicológicas

 

O projeto "Saúde Mental dos Universitários” abriu o ano ampliando sua pesquisa aos novos alunos que ingressaram nas faculdades neste primeiro semestre de 2025. Os veteranos que já participaram, em 2024, também são convidados a responder novos questionários para o acompanhamento de sua evolução.

O objetivo do estudo, que já ouviu mais de 3 mil universitários em questionários, é saber mais sobre a saúde mental dos estudantes para no futuro tornar o ambiente das instituições de ensino superior mais consciente e focado no bem-estar mental.

A pesquisa científica é aplicada aos estudantes de todos os cursos do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ) e do Centro Universitário Max Planck (UniMAX), em Indaiatuba, no interior de São Paulo. O projeto é desenvolvido por integrantes do Centro de Pesquisa e Inovação em Saúde Mental (CISM) em parceria com as duas instituições.

Segundo Pedro Fukuti, psiquiatra e gestor do projeto, o estudo já atingiu uma das maiores taxas de resposta a esse tipo de pesquisa no Brasil e talvez no mundo. A investigação ajudará na compreensão do cenário sobre a saúde mental dos universitários e na elaboração de um programa de prevenção e intervenção para reduzir o impacto dos transtornos mentais e contribuir para um melhor desfecho do futuro socioprofissional deles.

“Em 2025, vamos continuar esse trabalho com os objetivos de conhecer os novos alunos e acompanhar a evolução daqueles que já participaram", explica Fukuti. Na chamada "segunda onda”, o projeto investigará se algo mudou na sua saúde mental dos universitários que participaram em 2024, a partir da aplicação de um novo questionário.

O projeto conta com duas alunas de Iniciação Científica (IC), bolsistas do CISM, que realizam campanhas a fim de estimular a participação de seus colegas na pesquisa.

Além dos novos alunos, a pesquisa também seguirá aberta aos veteranos que responderam ou não o questionário no ano passado. A meta do projeto é conseguir a adesão do máximo dos 8 mil alunos do Grupo UniEduK, que envolve as duas instituições de ensino.

"Com os dados dessa pesquisa poderemos, no futuro, pensar em ações preventivas no campo da saúde mental. Afinal, todos sabemos que prevenir é melhor do que remediar", alerta o gestor do projeto, pesquisador do CISM e professor de psiquiatria da UniMAX.

A equipe segue empenhada na análise dos resultados dos questionários já respondidos pelos mais de 3 mil estudantes e publicará seus resultados em breve.

 

Como participar

Os alunos da UniFAJ e UniMAX podem acessar a pesquisa por meio do aplicativo "AvaliEduK". As respostas são anônimas e geram créditos de atividade complementar, inclusive para aqueles estudantes que já responderam ao questionário no ano anterior.

Os universitários também receberão convites por meio do WhatsApp e e-mail.

 

 “Saúde Mental dos Universitários”

Como anda a saúde mental dos universitários? Quais sintomas prevalecem e com qual gravidade? O projeto de pesquisa ajudará na compreensão desse cenário.

Os transtornos mentais estão associados a um pior desempenho acadêmico e maior probabilidade de desistência do curso universitário. Para mudar essa realidade, o projeto "Saúde Mental dos Universitários" foi criado e iniciou suas atividades em 2023.

A pesquisa faz parte de um estudo alinhado com várias outras pesquisas internacionais, reunindo dados de 61 universidades no Brasil e no mundo, como o King's College, The University of Newcastle Australia e a National University of Singapore (NUS).

Aliado à detecção precoce de transtornos mentais e ao oferecimento de um tratamento adequado, um programa focado nas prioridades de saúde mental em ambientes universitários, incluindo a promoção da conscientização e foco no bem-estar mental, é capaz de reduzir impactos negativos e melhorar a vida acadêmica dos estudantes.

A intenção dos pesquisadores é também monitorar futuramente a eficiência do eventual programa de prevenção em saúde mental. Por isso, o estudo observará a evolução dos dados coletados ao longo do tempo através de um acompanhamento periódico.

Entre as possibilidades avaliadas pelos pesquisadores na construção do programa está a elaboração de intervenções que incluem, por exemplo, a adoção de acomodações acadêmicas para estudantes neurodivergentes e a criação de um centro de identificação, encaminhamento e aconselhamento em saúde mental para os universitários.

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