O lutador e professor de jiu jitsu e judô Arlindo Baião Jr encara um novo desafio na carreira. Neste mês, Juninho viajou para a Coreia do Sul, onde vai ministrar aulas, seminários e participar de competições. O jaguariunense é formado em educação física pela Faculdade de Jaguariúna – FAJ, tem especialização em desportos de combate e investigação educacional pela Universidade de Coimbra (Portugal), é membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Pedagogia de Lutas da Unicamp, personal trainer e faixa preta e professor de judô e jiu-jitsu. Em entrevista, Juninho fala como surgiu o convite, expectativas e o que representa a experiência para sua carreira.
Comente detalhes de como surgiu o convite. A Coreia do Sul é um país que tem crescido muito economicamente nos últimos anos. E com a popularização do Jiu-Jitsu brasileiro ou Brazilian Jiu-Jitsu (como eles conhecem) surge o interesse de trazer a modalidade para o país. Recentemente o multi campeão mundial da Alliance Jiu-Jitsu Rubens Charles, conhecido como Cobrinha, foi ministrar algumas aulas pelo país, após essa parceria surgiu a ideia de fundar a primeira escola de BJJ de Seul em Gangnam. Cobrinha por dar aula na Califórnia não teve disponibilidade para ficar lá e assumir as aulas, então abriu seleção interna na Alliance para professores/competidores faixas pretas que saibam dar aulas em inglês. Eu participei dessa seleção e acabei sendo o selecionado e contratado para assumir este cargo.
Qual a expectativa desse novo desafio? A expectativa é difundir o Brazilian Jiu-Jitsu pela Coreia da melhor forma possível, apresentando o que o Brasil tem de melhor a oferecer e também fazer uma ponte entre Coréia e Brasil em que outros brasileiros também possam ir lutar ou lesionar o nosso Jiu-Jitsu também.
O que representará para a sua carreira esse convite? De cara já é uma grande conquista e um grande reconhecimento ser selecionado entre tantos professores e competidores para algo tão importante. Para minha carreira representará muito, dar aulas, seminários e lutar fora do país acrescenta muito como experiência tanto profissionalmente quanto cultural. Espero representar muito bem nosso país nas competições e levar o nome de Jaguariúna novamente para o exterior, dessa vez para o outro lado do mundo.
Pretende permanecer até quando na Coreia? O contrato inicial é de seis meses, porém o período pode ser expandido.
O que conhece ou já ouviu falar da prática do jiu-jitsu na Coreia? A Coreia do Sul é um país referência mundial no Tae Kwon Do (arte marcial criada lá) e no Judô em que há vários campeões olímpicos, já o Brazilian Jiu-Jitsu é novidade no país e devido a popularização no mundo muito devido ao UFC, o BJJ se tornou uma febre no país. A tendência com esses investimentos de trazer o BJJ para lá é que essa modalidade se torne uma das principais da Coreia.
Você considera um desafio? Em que sentido? Sim será um grande desafio, além das aulas e seminários, já tenho três lutas marcadas só valendo finalização, quando devo representar a Coreia contra atletas de outros países. O primeiro já foi escolhido e será da China. Além disso, tem a cultura que é bem diferente, o idioma, a alimentação, o clima (atualmente lá é inverno e a temperatura está batendo 20 graus negativos). Será um desafio em todos os sentidos tanto profissional quando pessoal e cultural, creio que será uma grande experiência.
Agradeço o apoio que foi fundamental para essa nova aventura: Alliance Jiu-Jitsu Campinas, Cobrinha Jiu-Jitsu, Gangnam Jiu-Jitsu studio, KVRA kimonos, VidAtiva movimento e bem estar, Escola Budô, Ichi-Ban e Retifica Tadeu Francatti.