FISIOTERAPIA - LOMBALGIA, o mal do século

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A tecnologia, que nos trouxe maior comodidade, agilidade nos processos e performance nas demandas de trabalho, também acarreta vícios como posturas inadequadas, principalmente por horas à frente do computador, uso excessivo de smartphone, provocando alterações importantes na biomecânica.

Como consequência, pode ocorrer um forte incômodo na coluna, especialmente na região da lombar. Por isso, o conjunto dessas manifestações dolorosas, provenientes de alguma alteração biomecânica ou osteomioarticular na região lombar, denomina-se lombalgia - uma das grandes causas de morbidade e incapacidade funcional.

Dos distúrbios dolorosos que mais acometem o homem, só tem incidência menor que a cefaleia, sendo ainda a segunda maior causa de absenteísmo (falta ou afastamento no trabalho) e uma das maiores causas da diminuição da percepção subjetiva da qualidade de vida.

Estudos epidemiológicos apontam que 65% a 90% dos adultos poderão sofrer um episódio de lombalgia ao longo da vida, com incidência entre 40 e 80% da maioria das populações estudadas.

A sintomatologia mais comum da lombalgia é a presença de dor lombar, que corresponde à região mais inferior da coluna vertebral, pouco acima das nádegas, na altura da cintura. Apresenta-se, geralmente, com início discreto da dor e tem intensidade aumentada progressivamente, agravando com a mobilidade da região.

Muitas vezes, estas situações são acompanhadas de algum grau de contratura muscular, encurtamento e fraqueza muscular. Geralmente, as crises dolorosas apresentam-se em um ciclo de dor que duram alguns dias, podendo virar constante ou desaparecer, retornando depois de certo tempo.

Durante a crise dolorosa, a permanência em alguma forma de postura, seja sentado ou em pé, provoca o aparecimento da dor. A persistência dos sintomas ocasionalmente passa a ser um fator extremamente limitante sob o ponto de vista social, afetivo ou profissional, gerando grandes distúrbios secundários, como os de ordem emocional.

São inúmeras as causas da gênese da lombalgia, havendo fatores que contribuem para o desencadeamento e cronificação das síndromes lombares, tais como: fatores genéticos e antropológicos, psicossociais, obesidade, fumo, atividades profissionais, sedentarismo, maus hábitos posturais, síndromes depressivas, trauma, gravidez, trabalho repetitivo, entre outras.

O tratamento da lombalgia pode ser realizado com auxílio de anti-inflamatórios, sempre utilizados sob prescrição médica, e Fisioterapia. Há uma grande gama de técnicas fisioterapêuticas que promovem a remissão dos sintomas da lombalgia.

Antonio Carlos Ribeiro Eduardo é fisioterapeuta, mestre em bioengenharia com ênfase em engenharia biomédica, atual coordenador do curso de Fisioterapia da Faculdade Max Planck de Indaiatuba, onde também atua como professor dos cursos da área da saúde. É especialista em Fisioterapia Desportiva, Reeducação Postural Global, Atividade Física e Qualidade de Vida, Ergonomia e qualidade de vida relacionada ao trabalho, além de acupuntura, osteopatia e Pilates. Atua como fisioterapeuta, responsável clínico por consultório, diretor do instituto ACRE – voltado à pesquisa em cinesiologia e biomecânica. Autor de publicações científicas na área, sendo quatro trabalhos em 2016: dois no Congresso Internacional de Fisioterapia em Coluna Vertebral (Fortaleza) e outros dois no Congresso Internacional de Fisioterapia (Salvador).

17/10/2016

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