HEV-UNIMAX AUXILIA EM NASCIMENTO DE NOVO CÃO INTEGRANTE DO GRUPO DE OPERAÇÕES COM CÃES DA GUARDA CIVIL DE INDAIATUBA
Do procedimento de inseminação artificial, feito pela professora Michelle Silva Araujo, nasceu o Golden Retriever, Lilo
Há alguns anos, o HEV (Hospital-Escola Veterinário) da UniMAX – Centro Universitário Max Planck cuida dos animais do GOC (Grupo de Operações com Cães) da Guarda Civil de Indaiatuba. Desta vez não foi diferente: o nascimento do novo integrante do Grupo, o cão Lilo da raça Golden Retriever, aconteceu por meio do procedimento de inseminação artificial realizado pela professora do curso de Medicina Veterinária, Michelle Silva Araujo.
O Guarda Civil Municipal de 3° classe, William Lopes da Silva, um dos cinco adestradores do canil, conta que a parceria com a UniMAX é de longa data. “A escolha do Hospital foi de um antigo membro do canil, que estava fazendo faculdade na UniMAX e recomendou para nossa equipe levar os cães, que são sempre muito bem atendidos pelo local. E nós levamos até hoje. Inclusive, nós já levamos o Lilo para tomar a terceira dose da vacina”, diz.
Lilo é um dos filhotes de Thor, Golden Retriever que presta serviço para a Guarda Civil de Indaiatuba há sete anos e irá se aposentar em breve, e de Kika, da mesma raça e que foi cedida pelo instrutor de inglês, Paulo Bezerra de Moura, para o procedimento de inseminação artificial. “Nós temos que conhecer os pais dele para ver se tem uma linhagem boa. Hoje, no canil, conhecemos todos os pais e até os avós dos nossos cães. A gente precisa saber se tem pedigree ou não”, enfatiza o GCM Lopes.
Já Paulo, dono de Kika, revela seu contentamento em ter seu animal de estimação escolhido e em poder colaborar com a atuação dos cães em operações policiais, que é de suma importância para a eficácia da eliminação de entorpecentes e armas tanto na cidade como na região. “Essa escolha é uma forma de reconhecimento, sentimento de orgulho, de fazer o bem, de poder contribuir para o bom funcionamento da sociedade Indaiatubana”, fala.
O instrutor ressalta ainda que o período de gestação de Kika foi bem tranquilo, que recebeu apoio da médica Michelle para sanar dúvidas em relação à alimentação, passeios, etc.. “Gostei bastante do atendimento, foi bem profissional, rápido e eficiente”, considera.
A médica veterinária e professora Michelle Silva Araujo explica que a inseminação artificial em cães tem crescido substancialmente no Brasil, devido ao aumento da procura por cães de raça. “Dentre as várias vantagens que este procedimento apresenta, destacam-se o melhor aproveitamento da genética dos animais, uma vez que várias fêmeas podem ser inseminadas ao mesmo tempo com o ejaculado de um único macho, a prevenção da veiculação de determinadas doenças infectocontagiosas, a reprodução de animais que se encontram em diferentes localidades e de animais que apresentam dificuldades em realizar o acasalamento”, diz.
Michelle comenta que foi sugerida a realização de inseminação artificial dos cães Thor e Kika devido a tentativas anteriores de acasalamento por monta natural sem sucesso, e por ambos apresentarem padrões raciais e características comportamentais que são desejáveis para realização do trabalho na guarda civil. “A intenção era obter um cãozinho proveniente desta inseminação que futuramente pudesse substituir Thor na guarda civil, uma vez que determinadas características comportamentais são hereditárias”, salienta.
A professora conta que durante o procedimento, o macho e a fêmea passaram por consulta clínica com avaliação do histórico completo, além de avaliação mais detalhada do sistema reprodutor. O pedigree dos animais é analisado para prevenir a reprodução de animais consanguíneos. Exames de hemograma completo, laudo negativo de displasia coxofemoral e para o diagnóstico de doenças que podem ser transmitidas pelo sêmen durante a inseminação também são solicitados. “O ciclo estral (cio) da cadela é monitorado com exames de citologia vaginal ou dosagem hormonal, para se detectar o momento mais adequado à realização da inseminação artificial. O sêmen do macho é colhido, avaliado e então depositado no trato reprodutor da fêmea. A inseminação artificial dos cães resultou no nascimento de três lindos filhotes”, ressalta.
Do procedimento nasceram mais duas fêmeas, além de Lilo, que já está sendo adestrado. “O treinamento do cão começa com três meses. Começamos a socializá-lo com algum brinquedo para ver se ele consegue se adaptar a um cano, uma bolinha ou mordedor, depende muito do cão. Tem cão que gosta mais de bolinha, com por exemplo, a maioria dos nossos cães é fissurada na bolinha”, diz. “O Lilo começou a ser treinado e vai ser um diferencial, vai ser um dog show. Vamos mostrá-lo para a sociedade em apresentações em escolas e programas sociais. Vamos mostrar o Lilo e o Thor”, completa.
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Texto: Tatiane Dias – (MTB 67029)
26/09/2018