Max Planck participa da 4ª caminhada contra maus tratos aos animais

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Por dia, são registradas inúmeras denúncias de maus-tratos a cães, gatos e outros bichos
Por Márcio Aguiar

A prática de maus-tratos contra os animais sempre esteve muito presente na sociedade e, apesar de ser muito combatida por grupos de defesa animal, ainda acontece muito nos dias atuais. Aos poucos, porém, estão sendo criadas medidas para dar mais força aos direitos dos animais. Para tentarem virar o jogo contra a impunidade, os simpatizantes da causa se organizaram e, um grande passo para a questão aconteceu no domingo (dia 18), com a 4ª Caminhada Contra Maus Tratos aos Animais. O evento idealizado pela veterinária Franciela Luque e com apoio do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (CMPDA), Grupos de Defesa aos Animais e Faculdade Max Planck teve cerca de 2.500 participantes.

Na segunda-feira (dia 19), o presidente do CMPDA, um dos organizadores do evento, Carlos Roberto Beggo, esteve reunido com o diretor do Hospital-Escola Veterinário (HEV) da Faculdade Max Planck, Thyago Escodro Dercoli e com a coordenadora do curso de Medicina Veterinária, Maria Fernanda Vianna Marvulo para discutir uma parceria entre a Faculdade e o Conselho.

Na reunião foram discutidos temas como: controle reprodutivo de cães e gatos por meio de castração, a intensificação da fiscalização da lei que proíbe o uso de fogos de artifícios que agridem e sensibilizam a audição dos animais, e a possível parceria da municipalidade com o Conselho, para que o atendimento seja feito através do HEV, nos casos em que o dono não tenha condições de pagar clínicas particulares. De acordo com Beggo, seria como um SUS para atendimento aos animais. Também a criação de uma lei que obrigue o uso de microchips para a identificação de animais perdidos, o que ocorre frequentemente.

Ele contou que o dia a dia do Conselho envolve muitos casos de descaso e maus tratos contra todos os tipos de animais. “A violência contra animais domésticos ocorre em seus próprios lares, por parte de seus tutores. Acontece nas ruas e em um número cada vez maior, tanto a incidência do abandono de caninos e felinos domésticos, envenenamentos de animais, quanto por intolerância ou por mero prazer de fazê-lo”. Violência social O conselheiro disse que a sociedade também deveria chamar atenção para a crueldade dos rodeios. Segundo ele, a mídia trata com superficialidade o tema. Para ele, existe diferenças entre cultura e diversão, da tortura que é cometida contra animais nesses eventos. “É preciso instigar na sociedade uma reflexão para a mudança de mentalidade em relação aos rodeios, que escondem obscuros maus tratos contra os animais, e nada têm a ver com cultura”, afirmou. “Sem falar nos animais de circo e os que são submetidos a outras formas de maus-tratos”, ressaltou.

Sim, maltratar animais é crime, previsto na Lei 9605/98, com pena que varia de três meses a um ano de prisão e multa. “Mas, como é considerado crime de menor potencial ofensivo, a maioria das vezes, a punição é revertida em pena alternativa”, explicou Beggo. “Mesmo assim, o número de denúncias de maus-tratos a animais têm aumentado. E as redes sociais se tornaram uma arma poderosa para a polícia na hora de punir o agressor. São centenas de postagens por dia na Internet”, afirmou.

Beggo ressaltou ainda que em quatro anos de Caminhada muitas conquistas importantes foram realizadas, como a melhoria no Centro de Zoonoses, aumento na denúncia anônima, maior número de boletins de ocorrência, assim como a diminuição do abandono de animais. Este ano, foram confeccionadas 2,3 mil camisetas que ainda estão sendo vendidas no valor de R$ 15. Segundo Beggo, 100% da verba arrecadada serão destinadas às Organizações Não-Governamentais (ONGs) que cuidam de animais abandonados.

 

Campanha de Vacinação

Para a coordenadora do curso de medicina veterinária, Maria Fernanda Vianna Marvulo, uma das grandes contribuições da Max Planck para a comunidade é a realização da campanha de vacinação gratuita contra a raiva para cães e gatos realizada no HEV em novembro para atender a zona rural e bairros mais afastados. Segundo a médica foram vacinados 769 animais, sendo 683 caninos e 86 felinos.

Conforme a especialista a vacinação é fundamental para prevenir a ocorrência de novos casos e para que a doença permaneça sob controle, uma vez, que a raiva é uma doença transmissível, caracterizada pelo contágio direto, ou seja, por meio de mordida, arranhões ou lambedura de cães, gatos ou morcegos infectados.

O HEV da Faculdade Max Planck está localizado na Rodovia João Ceccon, quilômetro 4, Fazenda Espírito Santo. Mais informações pelo telefone (19) 3500-4923.

 

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