A essência da humanização hospitalar é fazer com que o paciente sinta-se em um ambiente mais confortável e receptivo ao tratamento.
O atendimento humanizado hospitalar, de acordo com o Ministério da Saúde, deve permanecer como uma diretriz transversal que favorece, entre outros, a troca e construção de saberes, o diálogo entre profissionais, o trabalho em equipe e a consideração às necessidades. O curso de Pedagogia coordenado pela professora Sheila Salles Mendes, trouxe a Organização Não Governamental Hospitalhaços para falar da importância desse assunto que é um desafio da atualidade.
A essência da humanização hospitalar é fazer com que o paciente sinta-se em um ambiente mais confortável e receptivo ao tratamento. O processo teve início na década de 60, com participação fundamental do médico americano Hunter Adams, o “Patch Adams”, que propôs e executou modificações nas relações dentro dos hospitais através da máxima serventia do amor para todas as pessoas.
Fundada em 1999 por Walkiria Camelo, A Hospitalhaços é uma Organização Não Governamental que utiliza a figura do palhaço para levar sorrisos exclusivamente ao ambiente hospitalar. O desafio diário é criar uma atmosfera mais leve, alegre e descontraída para pacientes, familiares e profissionais da saúde. Sempre mantendo como valores o respeito, a humildade e a solidariedade.
“A humanização do sistema de saúde tem sido cada vez mais discutida, destacando-se como um tema essencial para o aprimoramento da qualidade do relacionamento humano dentro do ambiente hospitalar. O papel do pedagogo está em fornecer um atendimento mais qualificado, com a proposta de unir comportamento ético, conhecimento técnico e o entendimento necessário do histórico do paciente. E a Hospitalhaços ensina que através de ações simples é possível transformar o ambiente hospitalar em um lugar mais agradável”, declara a coordenadora.
“Foi uma experiência extremamente motivadora e emocionante, pois através do depoimento deles que conseguimos discutir, ampliar a ideia e conscientizar a importância do trabalho voluntariado e humanista. Como a Pedagogia Hospitalar vem se expandindo cada vez mais e precisamos ter a ideia da dimensão que esse tipo de trabalho faz em um local não escolar, ou seja, precisamos proporcionar uma melhor qualidade de vida a quem está em tratamento hospitalar não podendo comparecer em uma escola regular e enxergar estes indivíduos de forma humanizada ao qual também possuem necessidades físicas, emocionais, afetivas e sociais”, afirma Marília Lorena Borges, do 6º semestre do curso de Pedagogia.
A atuação dos Hospitalhaços é extremamente positiva tanto para os pacientes, familiares e acompanhantes quanto para os profissionais de saúde, pois as crianças apresentam evidências clínicas de melhora, além de ficarem mais à vontade com o ambiente hospitalar e mais colaborativas com os profissionais de Saúde. Os familiares e acompanhantes ficam mais confiantes em relação à melhora das crianças e até passam a brincar mais com as elas. E os profissionais de Saúde passam a buscar novas formas de aproximação com as crianças e a reconhecê-las mais como crianças do que como pacientes, além de se sentirem mais calmos e satisfeitos com o ambiente de trabalho.
Com uma grade curricular composta por muitas aulas práticas e um corpo docente experiente e de alto nível, a Graduação em Pedagogia da Max Planck prepara você para os verdadeiros desafios do mercado de trabalho. “Acho muito importante essas atividades diferenciadas, pois somente conseguimos entender e sentir o impacto que esse trabalho faz na vida das pessoas quando escutamos o depoimento de quem efetivamente participa, nessas apresentações conseguimos sentir a emoção de quem transmite o conhecimento, sensação que somente é possível na prática, deste modo é possível ter ideia na teoria, mas a vivência de quem pratica fica bem mais marcado em nossas vidas e corações”, comenta Marília Lorena Borges.
27/11/2017