Os sonhos não podem esperar as condições ideais para acontecer

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Se Nathalia Zanardi, tecnóloga em Gestão de Recursos Humanos, fosse esperar o mundo mudar para buscar sua realização pessoal e profissional poderia estar estagnada no mesmo lugar até hoje

Escadas, guias altas, portas estreitas, ruas esburacadas, calçadas irregulares e escorregadias, má sinalização, banheiros inacessíveis são algumas barreiras que as PCDs (Pessoas Com Deficiência) encontram no dia a dia. E estamos falando apenas dos obstáculos arquitetônicos, existem, ainda, barreiras relacionadas à comunicação e ao preconceito. São muitos os desafios encontrados pelas PCDs em nosso país.
Pode até parecer que as leis de melhorias para este público sejam relativamente novas, mas a verdade não é esta!!!
Há mais de 30 anos, a Constituição Brasileira já buscava garantir os direitos sociais e individuais de todos os cidadãos, inclusive das pessoas com deficiência. A partir dela foram criadas novas leis de inclusão no mercado de trabalho e de acessibilidade para este público. Atualmente, a LBI (Lei Brasileira de Inclusão), também chamada de estatuto da pessoa com deficiência, em vigor desde 2016, é considerada uma das leis mais completas sobre acessibilidade no país.
MAS, PORQUE ENTÃO TUDO PARECE TÃO NOVO?
É que a APLICABILIDADE da lei tem caminhado de forma lenta, dificultando o acesso aos direitos que visam garantir o nível de igualdade social para as pessoas com deficiência.
Porém, para NATHALIA ZANARDI, tecnóloga em Gestão de Recursos Humanos, não ter as condições ideais, não foi empecilho para que ela fosse atrás de seus sonhos.
“Na minha vida como um todo, eu ser uma pessoa com deficiência acaba sendo um desafio, pois vivemos em um país, onde ainda falta muita acessibilidade dentro de organizações, nas ruas, enfim, o Brasil ainda tem muito o que melhorar nisso”.
Se você procura neste texto alguém que se acomodou com a situação, está no lugar errado.

Legenda: Nathalia Zanardi em seu ambiente de trabalho, o Hotel Vitoria em Indaiatuba.

Legenda: Nathalia Zanardi em seu ambiente de trabalho, o Hotel Vitoria em Indaiatuba.


 

AS CONDIÇÕES

Outro obstáculo para realização dos sonhos pode ser a condição financeira, mas ser criativa e ter a flexibilidade para buscar soluções fez com que Nathalia vislumbrasse um novo rumo.
“Sempre tive vontade de fazer Psicologia, porque era uma forma de ajudar pessoas por meio do serviço terapêutico, sempre quis trabalhar em algo que ajudasse as pessoas, mas como é um curso com um custo maior, não teria condições no momento, então escolhi RH, porque para mim esses dois cursos seriam parecidos de certo modo. Durante a faculdade, eu vi que eram coisas bem diferentes, mas ainda assim fazia parte do meu objetivo que era ajudar as pessoas de alguma forma e, acabei me identificando com o RH”, conta.

A ALTERNATIVA
Para a concretização do seu objetivo, a profissional escolheu a UniMAX, segundo ela “pela referência que o Centro Universitário tem na cidade e pela qualidade”. Daí em diante, o aprendizado influenciou toda a sua vida pessoal e profissional. “Por ser um curso voltado para o empresarial, em várias matérias são apresentadas ferramentas para alcançar objetivos da empresa. Por meio de explicações e experiências vivenciadas pelos professores, é possível ver que muita coisa pode ser usada na nossa vida pessoal para traçar nossas metas e objetivos e como alcançar isso. Na questão profissional, eu adquiri muito do teórico e quando fui para a prática, já tinha bastante desse conhecimento e ajudou muito” explica Nathalia.
A decisão de estudar foi um divisor de águas na vida da alumni. Ela diz: “Mudou completamente, conheci coisas e pessoas novas, novos conhecimentos e, principalmente, mudou o meu conceito em relação à área, que até então eu não imaginava o tamanho e a importância que tem esse profissional”.
“É uma área incrível, de muita importância dentro das empresas, trabalhamos com vidas e dados (informações) todos dias, precisamos ser capazes de ajudar a solucionar problemas, muitas vezes, é preciso pensar como empresa e como colaborador, é uma área que a palavra-chave é EMPATIA, é trabalhoso e precisa de atenção, é gratificante em vários momentos”, ressalta.
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O PROTAGONISMO
Nenhuma circunstância impediu Nathalia de trilhar o seu caminho como estudante universitária e ser protagonista do seu aprendizado.
Durante a graduação, ela foi líder de projeto sobre empregabilidade; participou da ação sociocultural “Turma do Tutty”; de recreação com crianças assistidas pela Sociedade São Vicente de Paulo; palestrou em diversos lugares; auxiliou em grandes eventos organizados pelo Centro Universitário como o UniMAX Profissões e UniMAX Oportunidades, entre outras atividades. “Quando uma amiga e eu criamos um projeto no ABID, fomos até lá conversar com as famílias, dar dicas de entrevista, ensinar a fazer currículo e o retorno que tivemos desse projeto foi muito positivo, as pessoas gostaram bastante, tanto a instituição como as pessoas que participaram”, destaca.
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OS DESAFIOS DIÁRIOS
De uma pessoa em busca de algo que realmente gostasse, Nathalia se transformou numa profissional competente, responsável pelo RH do Hotel Vitória em Indaiatuba e está há quase dois anos trabalhando lá. Assim como na vida pessoal, a alumni considera que a profissão é um desafio novo a cada dia. “Nada é uma rotina exata, às vezes, temos todo um dia planejado de coisas que precisamos fazer, quando chegamos no trabalho, começam a aparecer coisas que não estavam previstas e nem tudo sai como o planejado! Todo dia é um desafio”, salienta.
E ela continua a aprender sempre mais e orienta aqueles que querem se manter focados e motivados nos estudos. “Acho que é preciso ter em mente que ninguém pode parar no tempo, porque o mercado pede pessoas cada vez mais qualificadas e preparadas. Faça o que você gosta, assim você vai estar sempre querendo saber mais da área, em busca de conhecimento e especialização. E tente separar o máximo trabalho e vida pessoal, assim é possível balancear e não enlouquecer!!!”, sugere.
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Texto: Tatiane Dias – (MTB 67029)

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