Exibição acontece para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente na faculdade
Dia 5 de junho é mais um Dia Mundial do Meio Ambiente. Como em todos os dias, essa data é uma oportunidade de aprofundarmos nossa reflexão a respeito das urgentes questões sobre Sustentabilidade, Ecologia e Meio Ambiente que se revelam em nossa vida contemporânea.
Para marcar esse dia na Faculdade Max Planck, exibiremos na quarta-feira, dia 2, das 20.40 às 21, em nossa unidade 1, dentro do projeto Max Cultural, um filme que mostra uma relevante visão de sustentabilidade e responsabilidade social vivenciada em uma das mais importantes empresas do país.
E, a seguir, publicamos artigo originalmente publicado no jornal Maxpolis, desta faculdade, elaborado por um dos nossos colaboradores.
A SUSTENTABILIDADE QUE NOS MANTÉM
por Luiz Onofre Zanutto
Gerente de Recursos Humanos da Bravox S/A – Itu
Sustentabilidade: assunto muito comentado nos últimos anos e com as mais variadas definições filosóficas, onde muitos comentam mas poucos, efetivamente, buscam fazer a diferença para tornar a vida na terra sustentável no futuro. O futuro, que até pouco tempo era muito distante, agora está diante dos olhos: são constantes as variações climáticas, falta de água, e há um aumento considerável do número de pessoas abaixo da linha da pobreza.
Podemos não ter uma única definição sobre o que é sustentabilidade, mas sem dúvida sabemos bem o que não é: não é pobreza; não é indicador positivo do PIB; não é a consumo exagerado; não é destruição da natureza.
As empresas, ou melhor, as pessoas, ainda não perceberam quanto se pode fazer com pequenas ações que podem garantir não um mundo melhor aos nossos filhos, mas ao menos um mundo igual ao que vivemos nesse início do século XXI.
Sustentabilidade no caso da água é beber e usufruir dessa fonte, sem, no entanto degradá-la, garantindo que no futuro se possa continuar saciando as necessidades da vida, lembrando que o ser humano é em quase sua totalidade água. Sem água não há vida. Você já viu algum protesto de pessoa submetendo-se a fazer greve de sede?
Mas, não se pode pensar em sustentabilidade apenas em relação à água. É preciso avaliar o fato que todos os recursos do Planeta Terra são finitos, e nós, os habitantes “inteligentes” desse planeta estamos “conscientes” desse fato, mas ainda não tomamos atitudes que minimizem os efeitos dessa degradação diária, aumentada nas últimas décadas pelo consumo exagerado e descartes sem medida.
Continuamos destruindo a camada de ozônio; continuamos despejando nos rios os esgotos industriais e residenciais; continuamos produzindo a queimada de árvores; desperdiçamos alimentos e nos tornamos exageradamente consumistas. Aliás, muitas vezes compramos aquilo que não precisamos e jamais vamos utilizar.
Os EUA têm como principio econômico o consumo sem controle, incentiva a população às compras e resiste a não assinar o protocolo de Kioto, com o discurso de que não podem reduzir a emissão de gases e que o aquecimento global é questionável cientificamente. A China, por sua vez, não assina o protocolo e se justifica que somente agora iniciaram o processo de industrialização, e que grande parte de sua população está abaixo da linha da pobreza passando fome. O Brasil se comprometeu com o protocolo de Kioto, mas não consegue tomar ações efetivas que reduzam o desmatamento e a queimada de sua mata. Segundo especialistas, somos o 3º maior emissor de gases que afetam a camada de ozônio.
Cada país tem suas justificativas pautadas em fatos reais e coerentes para sua realidade. Como deixar os EUA quebrar sugerindo uma política menos consumista, ou, como deixar que milhões de chineses continuem morrendo abaixo da linha da pobreza?
Há que se preocupar com esse planeta, buscar programas de reciclagem, ensinar as crianças sobre o tempo que uma simples goma de mascar leva para se deteriorar, como descartar pilhas e baterias e desenvolver nelas a consciência do consumo racional.
Vale a pena re-avaliar o processo educacional-familiar em nossa sociedade. Não podemos pensar em vida em sociedade se a célula principal chamada família está adoecendo e minguando. Infelizmente parece-me que falta respeito do homem ao homem. A individualidade, o egoísmo e até mesmo o narcisismo tem tomado conta da cultura do ser humano. A falta de amor e de respeito está fazendo da vida das pessoas mais uma coisa descartável.
Tudo isso é importante e imprescindível para tornar a terra um planeta realmente habitável em relação à vida dos seres humanos. Porém, particularmente não acredito que a terra seja destruída. O que acredito é que nós seres humanos poderemos nos tornar os dinossauros do futuro. Pois não vamos nos adaptar a nova realidade do Planeta Terra. Porém, finalizo esse texto com uma pergunta ao leitor que pode surpreender em relação ao que tratamos acima. Sem dúvida que há uma preocupação sobre a sustentabilidade do Planeta Terra para ser habitado pelo seres humanos, mas, que modelo de ser humano está sendo preparado para continuar a habitar esse planeta?