Produtores de Holambra convidam turistas a “entrarem” nas estufas de flores

O evento “Estufas Abertas” será realizado nos dias 4 e 5 de abril, das 9h às 17h, em seis modernas fazendas produtoras de flores e plantas ornamentais. Os visitantes poderão conhecer todo o processo de cultivo – do plantio à colheita –, as instalações da Faagroh – Faculdade de Agronegócios de Holambra –, primeira voltada à floricultura no Brasil e até ouvir histórias dos descendentes dos imigrantes holandeses que transformaram Holambra, cidade de apenas 15 mil habitantes do interior paulista, na Capital Nacional das Flores.  O nome Holambra, que une as palavras Holanda, América e Brasil fica a apenas 140 km da capital paulista.
Para saciar a curiosidade dos turistas que desejam conhecer como são produzidas as flores e as plantas ornamentais em Holambra, cidade referência na floricultura brasileira e localizada a 140 km de São Paulo, seis produtores abrirão suas modernas fazendas nos dias 04 e 05 de abril para visitas guiadas às plantações. O passeio chamado de “Estufas Abertas” será realizado das 9h às 17h e inclui a visita à Faagroh – Faculdade de Agronegócios de Holambra – primeira instituição brasileira de ensino superior com ênfase em horticultura e com instalações adequadas às atividades práticas pelos alunos no próprio campus. A ideia do passeio foi inspirada no “Kom in de kas!” (“Entre na estufa!”) um evento bem parecido que já acontece em diversas regiões da Holanda desde a década de 1970. É uma das sensações turísticas dos Países Baixos.
A proposta é apresentar de maneira lúdica, para quem gosta de flores e plantas, como elas são cultivadas, desde o plantio até a colheita, os detalhes das produções, as tecnologias utilizadas e o desenvolvimento dos processos com práticas sustentáveis. Em todas as estufas será possível um bate-papo direto com os produtores que também podem contar sobre as suas origens e histórias e informar sobre os bastidores da sua produção. Os turistas determinam o tempo que pretendem ficar em cada local.
Sobre a visita
As fazendas de Holambra são muito modernas e usam tecnologia paraa produção de flores e plantas. As escolhidas para o evento cultivam lírios (Jan de Wit), ciclames e hibiscos (Panorama Flores), kalanchoes e calandivas (Joost  van Oene), antúrios (Geraldo Barendse) e plantas verdes – samambaia, lumina, Aeschynanthus baton e pink polka (flor batom), diefenbachia (comigo-ninguém-pode), heras, asplênio (nidus e crocodilo) e cróton (Brumado Flores) e pendentes, como jiboia verde e scindapsus (prateada) e philodendrons (Brasil, branco, amarelo e scandens), além de samambaia americana, aspargo alfinete, clorofito, onze-horas e jiboia njoy (Giardino di Cosi) -.
Nas estufas, os visitantes poderão passear entre os canteiros para observar, fotografar ou filmar bem de pertinho as flores e plantas em todas as fases de sua vida, admirando as suas cores e formas e sentindo as suas texturas.
Os ingressos para o passeio têm preços escalonados: custam R$ 25,00 (meia entrada) e R$ 50,00 (inteira) até 29 de fevereiro; R$ 30,00 (meia) e R$ 60,00 (inteira) até 31 de março e R$ 35,00 (meia) e R$ 70,00 (inteira) em abril. Crianças até 5 anos de idade não pagam. Vendas apenas antecipadas no site da Ingresso Rápido (https://www.ingressorapido.com.br/event/33541-1/d/67562/s/352839), uma vez que o evento requer extrema organização para melhor atender os visitantes.
O público poderá conhecer também um pouco da história de alguns de seus anfitriões, como os hábitos, costumes, curiosidades e a dificuldade de adaptação dos imigrantes holandeses à cultura brasileira. Tudo num clima familiar e convidativo.
Holambra é referência nacional em flores e plantas ornamentais por ser um dos principais polos produtivo e comercial neste segmento. A iniciativa desses produtores e da Faagroh de receber os turistas e profissionais do setor em suas propriedades visa consolidar este reconhecimento, apresentando o avanço tecnológico aplicado em suas produções e as inovações utilizadas atualmente na agricultura.
“Os produtores pretendem mostrar, ainda, a valorização do capital humano (relacionamento com seus colaboradores) e a forma sustentável de produção, preservando o meio ambiente e garantindo a manutenção dos recursos naturais para a continuidade dos processos”, explica Margareth Pennings, uma das organizadoras do projeto.
Sobre o “Estufas Abertas”
O evento “Estufas Abertas” surgiu em 2019 e vem se aprimorando de acordo com o desejo e as curiosidades do público. Foram mais de 200 visitantes logo no primeiro ano. Para esta edição, os interessados devem estacionar seus carros gratuitamente no Parque da Expoflora, em frente ao Moinho Povos Unidos. De lá partirão vans exclusivas para uma primeira parada na sede da Faagroh, distante 3 km (apenas 5 minutos). Não é permitida a visitação em veículo particular.
Da Faagroh, os turistas optam por três diferentes linhas, cada uma contemplando roteiros com duas fazendas por vez (Panorama Flores – ciclames e hibiscos – e Geraldo Barendse – antúrios), (Jan de Wit – lírios – e Brumado Flores – plantas verdes) ou Joost van Oene  – kalanchoes e calandivas – e Giardino di Cosi – plantas verdes .
Os ingressos incluem todos os roteiros que partem da Faagroh em direção às seis fazendas ao longo do dia. Haverá food trucks nas instalações da Faagroh. No entanto, é possível, inclusive, pausa para almoço em um dos deliciosos restaurantes de Holambra e retomada ao passeio. Também haverá venda de flores no local.
“É uma vivência inesquecível observar as flores em todas as fases da sua vida, poder caminhar por entre elas, conhecer quanto cada planta requer de luz, de água e até de escuridão. Ninguém fica imune à beleza e às curiosidades dos cultivos”, diz Margareth. O “Estufas Abertas” tem o patrocínio da Cooperativa Veiling Holambra, responsável por mais de 40% de todas as flores e plantas comercializadas no Brasil, do Hotel Top Centrum e da Agroall e o apoio da Prefeitura da Estância Turística de Holambra
Sobre Holambra
Holambra tem cerca de 15 mil habitantes e é considerada referência da floricultura nacional. O município é o maior centro de comercialização de flores e plantas ornamentais do país, respondendo por cerca da metade do mercado brasileiro. Localizada a 140 km da capital paulista, a antiga colônia holandesa sedia anualmente a Expoflora, o maior evento de flores e plantas ornamentais da América Latina.
 
A colônia decidiu pela emancipação de Holambra em 1991 por meio de um plebiscito. Em 1998 o município foi reconhecido como Estância Turística e ganhou reconhecimento oficial como a Capital Nacional das Flores em 2011. A imigração holandesa para o Brasil foi provocada pela Segunda Guerra Mundial diante da falta de perspectivas para as novas gerações. Em tamanho, o território holandês, comparativamente, é 250 vezes menor do que o brasileiro.
 
O Brasil foi escolhido por ser o único país que, então, aceitava a imigração em grupos, tinha identificação religiosa com o grupo de holandeses (catolicismo) e terras disponíveis para aquisição. Diferente de outros grupos migratórios, os holandeses, desde o início, tinham em mente fazer do Brasil sua nova pátria.
Em 1947 a Comissão de Representantes da Liga de Agricultores Católicos adquiriu as terras da antiga fazenda Ribeirão (que pertencia à Cia. Armour do Brasil) e fundou a Cooperativa de Produtores Rurais. Em 1949 vieram as primeiras famílias. A ideia inicial era criar gado holandês (800 cabeças), mas a manada foi praticamente dizimada pelas doenças tropicais e pela febre aftosa. O idioma transformou-se em uma grande barreira para os negócios e as terras adquiridas estavam exauridas pelo cultivo de outras culturas, como o café,
A terra árida foi tratada com calcário e, a fazenda, dividia em lotes para as famílias de imigrantes para a plantação de hortifrutis.  Pode-se dizer que foi uma reforma agrária realizada com amplo sucesso. O cultivo de flores teve início em 1957, com a produção de gladíolos (palma de Santa Rita). No entanto, foi entre 1958 e 1965 que a cultura se expandiu.
Em 1972 foi criado o Departamento de Floricultura na Cooperativa para a venda de grande variedade de flores e plantas ornamentais. Hoje são várias cooperativas para a comercialização de diferentes produtos.  A maior delas, de flores, é a Cooperativa Veiling de Holambra, que utiliza um moderno sistema de leilão diário e responde pela comercialização de mais de 40% das flores e plantas ornamentais produzidas no país.
 
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Jornalista responsável: Vera Longuini
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