Professora do curso de Fisioterapia da FAJ tem pesquisa internacionalmente reconhecida

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O estudo, “Abelha social brasileira cultiva fungo essencial para sua sobrevivência”, foi inicialmente publicado na revista Current Biology, uma das mais respeitadas na área da Biologia, e teve mais de 50 divulgações nas mídias nacionais e internacionais.
Com a preparação de dois trabalhos relevantes no mundo acadêmico e social, a professora Isabela Cardoso Fontoura, do curso de Fisioterapia, efetuou pesquisas microbiológicas para a colaboração do trabalho intitulado “Abelha social brasileira cultiva fungo essencial para sua sobrevivência”, divulgado massivamente nos meios de comunicação nacional e internacional. Além desse projeto, a docente participou da pesquisa “Células B que expressam o RNAm da IL-10 modulam a formação de células T de memória após a imunização com a vacina de DNA Hsp-65”, da qual elabora o estudo de uma vacina para tuberculose.
O trabalho que visou o estudo de uma vacina específica contra a tuberculose, foi desenvolvido a partir do projeto de mestrado da docente, que trabalhava com a investigação de mecanismos imunológicos. A nova imunização, a DNA-Hsp65, foi desenvolvida pelo professor Dr. Celio Lopes Silva, e levou a equipe do laboratório de Vacinas Gênicas, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto a pesquisar os mecanismos de proteção que a vacina proporcionaria em células infectadas, gerando um microambiente favorável para a não proliferação da doença.
Para a pesquisa que trabalhou em torno da abelha Scaptotrigona depilis, a professora pôde auxiliar na pesquisa por ser especialista e lecionar na área de Microbiologia, colaborando assim na elaboração científica do projeto envolvendo abelhas nativas sem ferrões, nominadas de Mandaguari, espécie que consome e cultiva um tipo de fungo da família Monascus, que se mostrou necessário para as larvas se desenvolverem em abelhas adultas.
O projeto mostrou que as propriedades desse fungo em específico são essenciais para o crescimento das larvas em abelhas. Ele tem um aparecimento natural no ambiente em que as larvas estão, e o consumo dele se mostra necessário para a vida das espécies, gerando uma porcentagem de 99% de vivência entre as larvas que consumiam o fungo. O estudo foi importante para a população, pois também trata do desaparecimento das abelhas e consequentemente a falta de polinização. Além de trazer debates como o uso indiscriminado de agrotóxicos e de fungicidas nas plantações e a perspectivas de uma nova substância antibiótica achada no fungo.
Segundo a professora, esse trabalho poderá levar aos alunos de Fisioterapia interesse em apresentar pesquisar multidisciplinares, trazendo um avanço no conhecimento acadêmico e curricular profissional, aumentando suas chances no mercado de trabalho. “Também é importante que um bom profissional tenha a capacidade de enxergar oportunidades de cooperação com outras áreas do conhecimento que, aparentemente não possuem uma relação direta com o trabalho que exercem, mas que podem originar parcerias promissoras e inovadoras”, explica a docente. Além de todas estas contribuições, a pesquisa trará novos compostos contra infecções, auxiliando certos tratamentos realizados pelos fisioterapeutas.
Com isso, a professora espera levar aos alunos interesse para a execução de grandes projetos, e mostrar a qualidade de ensino de algumas faculdades e universidades brasileiras, demonstrando a excelente capacidade dos alunos de produzir pesquisas. “A publicação de um trabalho de alto impacto, produzido por pesquisadores brasileiros, demonstra que nosso país possui nas universidades, alunos altamente qualificados para desenvolverem pesquisas de qualidade, independente de suas áreas de atuação”, conclui a professora.
O estudo, que foi inicialmente publicado na revista Current Biology, uma das mais respeitadas na área da Biologia, e teve mais de 50 divulgações nas mídias nacionais e internacionais, como Fapesp, Uol, Exame, revista Newsweek, Eurekalert entre outras, foi desenvolvido em três institutos renomados: a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP- Ribeirão Preto (FFCLRP); Instituto de Química da Unicamp- Campinas (IQ-UNICAMP) e Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp- Limeira (FCA- Limeira) e contou com a participação de toda a equipe da área que atua nestas instituições.
 

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