As altas temperaturas apresentadas no verão não atingem só os humanos. Os animais também sofrem os efeitos do calor e, por isso, os donos devem ficar atentos e redobrar os cuidados.
É importante observar se o animal fica mais quieto, mais deitado no chão ou ofegante, pois são sinais que podem indicar uma hipertermia, que é o aumento da temperatura corporal. Isso pode provocar danos ao animal e, em casos extremos, levar até a morte.
Segundo os médicos veterinários, os cães não transpiram pela pele como os seres humanos. Quando o cachorro está com a língua para fora e ofegante pode ser um indicador de que está com calor.
CONFIRAM ALGUMAS DICAS:
DICA 1 - Deixar sempre água fresca à disposição é FUNDAMENTAL
Como os humanos, os animais não gostam de água morna nos dias quentes. Assim, colocar umas pedrinhas de gelo pode ser uma alternativa, mas sem deixar a água muito gelada e, sempre oferecer água de boa qualidade. Outro cuidado é trocar a água duas a três vezes ao dia. O mesmo para a ração, para que fique sempre em boas condições, mesmo no calor, recomendam profissionais da área.
DICA 2 - O passeio com os animais também deve obedecer um protocolo rigoroso durante o verão
A recomendação de horários para passeio é até 9h da manhã ou após às 16h. Além disso, é adequado levar água e oferecer, além de fazer paradas estratégicas sempre que perceber que o animal está ofegante ou com a língua de fora. Para aumentar a proteção, pode-se usar nos animais filtro solar.
Também é recomendada atenção ao asfalto muito quente, pois pode causar queimaduras no chamado coxim, que é a almofadinha na pata. Uma dica é tirar o sapato e verificar a temperatura para o pé. Se estiver muito quente não é recomendável manter o animal exposto por muito tempo.
No caso de viagens de carro, a sugestão é observar ventilação e temperatura da caixa de transporte. Recomenda-se parar a cada duas horas, tirar animal do carro e oferecer água fresca.
DICA 3 - A higiene e limpeza são cuidados que devem ser redobrados nos dias quentes
Especialmente porque os chamados ectoparasitas – pulgas, carrapatos, pernilongos e mosquitos – têm maior incidência no calor, especialmente em locais sujos. Sempre que voltar do passeio, realizar inspeção no corpo do animal, especialmente na região do abdômen e axilas, para verificar se há presença de pulgas. E fazendo um carinho na pele já dá para sentir se tiver carrapatos. Interessante usar coleira repelente e antiparasitários. Também é importante observar limpeza, pois o lixo pode atrair mosquitos que transmitem a leishmaniose, por exemplo.
No caso do banho em casa, o dono deve optar sempre pela água morna e na mesma frequência de costume. Se for no petshop, observar os horários menos quentes, não deixar o animal esperando muito tempo para ser atendido e evitar secadores de ar quente, caso o ambiente do local não tenha uma boa ventilação e umidade.
Os cuidados devem ser para cães e gatos. Mas algumas raças de cães exigem um olhar diferente. É o caso dos braquicefálicos, com focinho mais curto – Pug, Lhasa Apso, Bulldog – que sofrem mais por conta da dificuldade respiratória natural. O mesmo para raças de climas frios e pelo longo – Husky Siberiano, São Bernardo. No caso de transporte dos animais, com suspeita de hipertermia, envolvê-los em uma toalha úmida pode ser uma boa opção para diminuir a temperatura.
Com informações – professora Maria Fernanda Vianna Marvulo (médica veterinária).
06/02/2020