Apenas três anos após concluir a graduação no curso de Educação Física, formando-se pela Faculdade de Jaguariúna – FAJ, o técnico de futebol João Burse já acumula conquistas importantes nos gramados, sendo a principal delas obtida no mês passado, quando a equipe comandada por ele, o Vitória (BA), sagrou-se campeã da Copa do Brasil Sub-17 ao derrotar o Botafogo (RJ) na final.
"Não existem palavras para explicar o que estamos sentindo após conquistar um título nacional e da maneira como foi. Todos que fizeram parte desse incrível processo estão de parabéns", vibra o treinador, de 33 anos, nascido em Mogi Guaçu e que tinha o sonho de brilhar nos campos de futebol como jogador profissional, com passagens por União Barbarense, Corinthians de Alagoas, Mogi Mirim, Universidade Católica do Chile e Nagoya Grampus (Japão).
Uma grave lesão no púbis encurtou a carreira de jogador, aos 24 anos, e, contando sempre com o incentivo da mãe, fez desabrochar o lado estudioso e determinado do jovem que queria vencer na vida através do esporte.
“Pesquisei as instituições da região, fui conhecer cada uma das faculdades e optei pela FAJ, pois me senti muito acolhido logo no primeiro encontro. Durante os 4 anos me dediquei muito e aprendi demais com cada professor e aluno com quem me relacionei. Considero que saí da faculdade realmente preparado para o mercado de trabalho”, relembra.
TRAJETÓRIA DE VITÓRIAS
Ainda durante a graduação, Burse recebeu convite para ser preparador físico da equipe infantil do Mogi Mirim Esporte Clube, onde atuou por 5 meses até ser promovido a treinador da categoria, levando a equipe a alcançar a 4ª colocação no Campeonato Paulista, algo inédito na história do clube.
Depois de um período atuando como diretor de Esportes em sua cidade natal, Estiva Gerbi, João Burse voltou ao Mogi Mirim e, orientado pelo então técnico da equipe profissional Guto Ferreira, passou por uma fase de evolução e aprendizado como treinador, que culminou com o título do Campeonato Paulista Sub-20, em 2013, vencendo o Botafogo de Ribeirão Preto na decisão, após eliminar o Corinthians.
“Depois do título e de tudo o que vivi no clube, senti a necessidade de buscar um novo desafio. Foi quando apareceu o convite para ir ao Sub-17 do Vitória, o que proporcionaria muitas outras vivências em campeonatos nacionais que no Mogi Mirim não iriam acontecer”, comenta.
A equipe baiana logo alcançou as semifinais da Taça Rio, mas caiu nas oitavas da Copa do Brasil daquela edição. “Foi quando montei uma nova comissão técnica e passei a enxergar o clube de uma outra maneira. Sabia que aquela equipe me daria a resposta que exigia deles e foi o que aconteceu. Vencemos a Copa do Brasil Sub-17 jogando um futebol bonito e mostrando o quanto é importante evoluir o individual para se formar um coletivo forte”, conclui.
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