Wallace e Rafael: os pioneiros da FAJ a viajar pelo Ciência Sem Fronteiras

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18 meses no exterior

Por Bruno Felisbino

Wallace Souza, de 22 anos, e Rafael Accetturi, de 29, são os primeiros alunos da Faculdade de Jaguariúna (FAJ) a viver a experiência de estudar e morar fora do país como bolsistas do programa Ciência Sem Fronteiras. Eles foram selecionados para o programa do governo federal que oferece bolsas de estudo no exterior para uma "graduação sanduíche", pela qual parte do curso é realizada no Brasil e outra parte em uma universidade estrangeira.
A FAJ aderiu ao programa no início do ano. Através dele, os alunos de todos os cursos de graduação e pós-graduação da Instituição podem pleitear uma bolsa de estudos em universidades de países como Estados Unidos, Alemanha, Japão, Austrália, Portugal, Irlanda e Coreia do Sul. O objetivo do governo é possibilitar que os estudantes brasileiros façam estágio no exterior e mantenham contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação.
Os primeiros estudantes da FAJ contemplados atendem exatamente ao perfil de jovens talentos que o governo quer qualificar para que, no futuro, sirvam ao país. Wallace é aluno do curso de Engenharia Ambiental do 10º e último semestre. Já Rafael cursa o último período de Medicina Veterinária. Apesar de serem de áreas diferentes, ambos têm em comum o fato de terem estagiado na Embrapa Meio Ambiente, de Jaguariúna, serem alunos com ótimo desempenho acadêmico e atuarem em programas de iniciação científica.
Os jovens ficarão 18 meses no exterior: Rafael embarcou em julho para estudar na Murdoch University, em Perth, na Austrália, enquanto Wallace parte para a Irlanda no final deste mês, onde fará um intensivo de inglês durante um ano no Institute of Technology Sligo e mais 6 meses de graduação na área ambiental.
APOIO
Assim que souberam que a FAJ estava entre as faculdades inscritas no Ciência Sem Fronteiras, os estudantes procuraram a direção acadêmica e tiveram total suporte para realizar as etapas necessárias, até receberem a carta final de aceitação. Além de bons resultados acadêmicos, o programa exige que o candidato tenha cursado entre 20% e 90% do currículo de sua graduação, passe por um teste de inglês e tenha obtido média igual ou superior a 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No caso de Wallace e Rafael, contribuiu ainda o fato de participarem de projetos de iniciação científica e serem bolsistas do Prouni – Programa Universidade Para Todos, do governo federal.
“Com certeza ajudou no processo de seleção o fato de trabalharmos em pesquisa científica. O objetivo do programa é que o estudante aprenda e volte para aplicar os conhecimentos adquiridos. Faço iniciação científica e queria aproveitar a oportunidade para me aprofundar, porque meu objetivo é seguir na área acadêmica. Esta experiência vai me ajudar bastante”, afirma Wallace, que não esconde a ansiedade pela viagem e a expectativa de fazer contatos, além da chance de adquirir uma visão diferenciada sobre as questões que estuda na área ambiental.
“Além de me aprofundar no inglês e poder ver meu curso com uma abordagem diferente, a experiência cultural de morar em um país totalmente diferente do nosso vai ser fantástica. Quero aproveitar tudo o que puder em termos de vivência acadêmica, cultural e pessoal”, completa.
Os estudantes têm direito a uma bolsa mensal e o pagamento de todas as despesas com taxas escolares, seguro-saúde, alojamento e alimentação, passagens aéreas ou auxílio deslocamento e auxílio instalação no país de destino.
Quando retornarem, no início de 2015, Rafael e Wallace irão terminar seus respectivos cursos e, enfim, se tornarem profissionais prontos para o mercado de trabalho. E com um diferencial valioso na formação: 18 meses de uma experiência que certamente marcará o resto de suas vidas.

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