Memorial da Resistência recebe visita técnica do curso de Direito
Alunos dos 5º e 9º semestres recebem informações sobre história política do Brasil
Criado para preservar fatos históricos relativos ao período de ditadura no Brasil, o Memorial da Resistência, em São Paulo, foi o local escolhido pelo curso de Direito para a visita técnica que envolveu 30 alunos do 5º e 9º semestres, dentro da disciplina Ética Profissional. “Nossa proposta com essa visita é que fossem vistos aspectos da atuação do advogado em defesa de garantias individuais, suprimidas com a ditadura”, explica a professora Tatiana Freire de Andrade Diogenes Alves, responsável pela atividade.
O grupo da Faculdade Max Planck recebeu orientação de um guia do Memorial, que detalhou o contexto histórico do Golpe de 64, bem como locais e formas de realização de torturas, interrogatórios e investigações em desfavor de presos políticos. Houve ainda explicação sobre os principais fatores que convergiram à implantação do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).
“Trata-se do local onde muitos dos prisioneiros políticos da época da ditadura estiveram. Local onde estes também foram diariamente torturados. O guia do Memorial nos conduziu a diversas discussões muito enriquecedoras sobre política, tanto de assuntos históricos como assuntos atuais. São discussões como estas que permitem que tornemos cidadãos mais conscientes”, afirmou a aluna Leticia Marianelli Coliti.
Segundo a professora Tatiana, o roteiro programado foi de extrema importância para melhor compreensão da atuação do advogado e dos demais profissionais do Direito quando se fala de preservação de garantias fundamentais individuais. Por isso, foi uma atividade que proporcionou profunda reflexão e debate entre os alunos. “Sempre ouvimos falar da ditadura, mas só indo a uma visita ao lugar onde tudo aconteceu é que conseguimos ter uma pequena ideia de como foi triste esse período do nosso Brasil. Me senti muito triste por saber que muitas pessoas sofreram muito, até mesmo desapareceram, simplesmente por pensar diferente de alguns”, finaliza a aluna Maria Aparecida Moreira.