Curso de Medicina beneficia comunidade com o tema “Entendendo a Epilepsia”
O tema do talk show “Entendendo a Epilepsia” foi desenvolvido pelos doutores Li Li Min (embaixador da Epilepsia pela ILAE-IBE) e André Lemos (gestor do curso de Medicina da UniFAJ). O intuito foi divulgar a doença a fim de que a ação possa ter continuidade. O evento contou com a participação de estudantes da graduação, comunidade acadêmica e sociedade em geral
O curso de Medicina da UniFAJ (Grupo UniEduK) realizou um talk show com o tema “Entendendo a Epilepsia!”. Além dos estudantes da graduação, o evento beneficiou a comunidade acadêmica e local de Jaguariúna. O intuito foi divulgar a doença a fim de que a ação possa ter continuidade.
O assunto foi abordado pelos doutores Li Li Min e André Lemos. O primeiro é médico, PhD em Neurociências, Professor Titular de Neurologia da Unicamp. Dr. Li Li Min também é embaixador da Epilepsia pela ILAE-IBE (International League Against Epilepsy/International Bureau for Epilepsy).
Por sua vez, Dr. André é gestor do curso de Medicina da UniFAJ. Com graduação pela Universidade José do Rosário Vellano, atua junto à Prefeitura Municipal de Pedreira e como médico emergencista do Hospital Municipal Walter Ferrari, entre outras atividades.
Na oportunidade, eles falaram desde a epidemiologia da epilepsia até situações de emergências, além de gestantes e crianças com epilepsia. “A melhor forma contra o preconceito continua sendo a informação, por isso, é essencial conhecermos um pouco mais sobre o problema”, destacam os organizadores do evento.
“Saber que epilepsia é uma doença que não está relacionada ao intelecto e que tem tratamento pode ser o primeiro passo para isso. Quando diagnosticada e tratada de forma correta, é possível controlar até 70% dos casos de crises”, ressaltam.
Outro dado importante trazido durante a palestra é de que, para pacientes que estão há mais de 10 anos sem apresentar uma crise e há cinco anos sem utilizar medicações anticonvulsionantes, a epilepsia pode ser considerada resolvida.
“E mesmo para aqueles casos em que controlar as crises apenas com medicação não está sendo o suficiente, existe a possibilidade de uma cirurgia para resolver o problema. Ou seja, desde que tratada de forma correta, a epilepsia não é necessariamente um fator limitante na vida do paciente”, finalizam.
Sobre a Epilepsia
Segundo o Ministério da Saúde, a epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos e se expressa por crises epilépticas repetidas.
De acordo com órgão federal, a causa pode ser uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte pancada na cabeça, uma infecção (meningite, por exemplo), neurocisticercose (“ovos de solitária” no cérebro), abuso de bebidas alcoólicas, de drogas etc. Às vezes, algo que ocorreu antes ou durante o parto. Muitas vezes, não é possível conhecer as causas que deram origem à epilepsia.
Entre os sintomas mais comuns citados pelo Ministério, estão a crise convulsiva conhecida como “ataque epiléptico” e a crise do tipo “ausência” conhecida como “desligamentos”.
Há também um tipo de crise que se manifesta como se as pessoas estivessem “em alerta”, mas não têm controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente. Esta é chamada de crise parcial complexa.
“Existem outros tipos de crises que podem provocar quedas ao solo sem nenhum movimento ou contrações ou, então, ter percepções visuais ou auditivas estranhas, ou ainda, alterações transitórias da memória”, apresenta o órgão. O Ministério da Saúde destaca que o tratamento das epilepsias é feito através de medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas.