Alumni de Medicina Veterinária conta sobre experiência de estágio em centro de resgate animal na Costa Rica
Fernando Nogueira Moraes, alumni de Medicina Veterinária da UniMAX, realizou parte do estágio obrigatório no centro de resgate e reabilitação animal Rescue Center na Costa Rica
Com o objetivo de concluir seus estudos da melhor forma, o alumni Fernando Nogueira Moraes, do curso de Medicina Veterinária do Grupo UniEduK, realizou dois diferentes estágios. Um deles foi em um centro de resgate animal da Costa Rica. Formado em 2021 pela UniMAX (Indaiatuba), o aluno conta um pouco mais sobre suas experiências, a fim de incentivar o intercâmbio a outros estudantes.
O primeiro estágio do estudante foi no Brasil, em uma clínica de cuidados a animais silvestres que são mantidos legalmente como pets. Logo em seguida, Fernando partiu para seu segundo estágio, na Costa Rica, em um zoológico que atua como centro de resgate, reabilitação e reintrodução da fauna silvestre à natureza.
ESTÁGIO – SELVA VETERINÁRIA
Localizada na cidade de São Bernardo do Campo (SP), a clínica particular Selva Veterinária foi onde o alumni realizou a primeira parte de suas experiências com o estágio complementar obrigatório.
Fernando conta que soube da vaga por meio das redes sociais da clínica e realizou sua inscrição. Para isso, foi necessária uma carta de apresentação, seu currículo, acompanhado dos documentos comprobatórios. De acordo com o alumni, sua aprovação para começar o estágio foi rápida, sendo assim, não passou por entrevista nem processos de seleção muito longos.
O médico-veterinário estagiou na Selva Veterinária durante um mês, realizando atendimento de animais silvestres e exóticos mantidos como pets não convencionais. Essa experiência, com certeza, ajudou em seu próximo estágio: no Rescue Center Costa Rica.
ESTÁGIO – CENTRO DE RESGATE – RESCUE CENTER COSTA RICA
Logo em seguida, Fernando embarcou para Costa Rica, rumo ao seu próximo desafio. Estagiou por três meses no Rescue Center Costa Rica, que visa cuidar e preservar a fauna silvestre costa-riquenha.
O alumni conta que a aplicação para a iniciativa no exterior foi mais criteriosa. Foi necessária a apresentação de uma carta de recomendação escrita por um médico-veterinário, além da carta de apresentação, currículo e suas comprovações.
Após a aprovação desses documentos, Fernando passou por uma entrevista em vídeo. Ele conta: “A entrevistadora realizou perguntas sobre minhas experiências profissionais, vida acadêmica e, também, fez uma pequena prova oral sobre conteúdos teóricos e práticos, colocando casos clínicos comuns da rotina do centro como perguntas centrais”.
Além disso, o médico-veterinário conta que sua capacidade de lidar com a mudança de idiomas também foi testada durante a entrevista.
Após um mês, o resultado positivo sobre a vaga de estágio veio. Dessa forma, Fernando deu entrada em todo o protocolo para a viagem. “A minha aprovação foi de enorme alegria para mim e fui “abraçado” pela minha família, que embarcou comigo nessa experiência me fornecendo todo suporte e apoio possível!”, compartilha o alumni.
- EXPERIÊNCIAS
Fernando conta que o Centro de Resgate recebia, diariamente, diversas espécies de animais, sendo, na sua grande maioria, aves e pequenos mamíferos, como por exemplo papagaios, maritacas, tucanos, guaxinins, marsupiais e bichos-preguiças.
“Além de exames clínicos, físicos, atuação médica no zoológico, confecção de enriquecimento ambiental, readequação de recintos, manejo nutricional e realização de cirurgias, também eram feitas necropsias e os tão esperados processos de release: que são os momentos em que podemos liberar algum animal que já passou pelo processo de reabilitação e agora pode ser reintroduzido à natureza!”, relata o veterinário sobre suas atividades no estágio.
O alumni também conta que os estagiários possuíam grande autonomia e responsabilidade dentro da clínica médica veterinária, podendo opinar, atuar e, realmente, colocar seus conhecimentos em prática, o que faz toda a diferença no processo de aprendizagem.
Sobre o trabalho no Centro, Fernando fala que se fez necessário realizar duas apresentações durante o estágio. Na primeira, o objetivo foi palestrar sobre algum conteúdo didático que agregasse ao centro, na qual o aluno dissertou sobre os métodos ideais de marcação.
Já, na segunda, o alumni teve de apresentar um projeto de vida, que é algo que ficará como herança ao Rescue e beneficiará os próximos estudantes e voluntários. “O meu foi uma cartilha física e um site on-line, em espanhol, inglês e português, sobre materiais rotineiros e específicos da rotina a campo, facilitando assim, os trabalhos realizados fora da clínica veterinária”, explica.
E Fernando acrescenta sobre a experiência de trabalho no Rescue Center Costa Rica. “O local possui alojamento para os estudantes de Medicina Veterinária que realizam o trabalho durante três meses e, também, para os voluntários locais ou estrangeiros que ficam aproximadamente uma semana trabalhando na parte do zoológico”, diz.
O médico-veterinário ainda conta que, por se tratar de um estágio em um país do exterior, a direção do local compreende que existe um grande interesse nos estagiários estrangeiros em conhecer o novo país. Portanto, fornecia semanalmente um dia livre para realização de passeios, auxiliando com o transporte e com a recomendação de locais para ir. “Eu particularmente conheci vulcões e crateras; uma fazenda de águas termais e um jardim zoológico repleto de cachoeiras; parques famosos e praias, além de poder conhecer a capital da Costa Rica e os museus locais”, relata.
- DESAFIOS
Mas como nem tudo são flores, Fernando conta que encontrou algumas dificuldades pelo fato de o Centro ser uma iniciativa privada e, relativamente, nova. “Em alguns momentos, a verba financeira não supre todas as necessidades do local, dificultando assim, um pouco, o trabalho no hospital veterinário”. Por outro lado, destaca: “A qualidade dos recintos pertencentes ao Zoológico me chamou muita atenção, assim como o trabalho de recuperação e reintrodução à natureza realizado com os animais habilitados para tal”.
Ao final das contas, o alumni ressalta que foi um período de grandes aprendizados e muito trabalho. “Foram-me dadas oportunidades de estar em uma posição de destaque e à frente de diversos procedimentos, nos quais minha opinião era ouvida e aceita, por isso, acredito ter crescido profissionalmente e aprendido a confiar mais em meu potencial”, salienta.
Fernando recomenda o Rescue Center Costa Rica como um bom local para realização de estágio ou programa de voluntariado, destacando uma boa localização, funcionários receptivos e o contato único com animais silvestres.
“Hoje, depois de quatro meses que retornei ao Brasil, posso dizer que venho colhendo frutos derivados das minhas experiências de estágios. Sinto que muitos lugares, realmente, dão mais valor e prestígio a profissionais que tiveram alguma experiência no exterior quando comparado a experiências somente no Brasil”, finaliza o médico-veterinário Fernando Moraes.