A imagem traz um print da sala virtual com os alunos e docentes responsáveis pela pesquisa pós-hospitalar de Covid-19 e pelo Grupo UniEduK.

Estudantes do curso de Medicina da UniMAX contribuem com maior pesquisa pós-hospitalar de Covid-19 no Brasil

Ao todo 17 alunos, sendo nove do Grupo UniEduK, participaram da pesquisa pós-hospitalar de Covid-19 realizada pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP

Considerada a maior pesquisa pós-hospitalar de Covid-19 no Brasil, “Manifestações neuropsiquiátricas da Covi-19: um estudo de coorte” contou com a participação de estudantes do segundo e terceiro anos do curso de Medicina do Grupo UniEDUK em atividades de iniciação científica vinculadas a essa investigação. O estudo foi realizado pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP – São Paulo.  

Em primeiro lugar, o médico e auxiliar de pesquisa, Dr. Rodolfo Furlan Damiano, iniciou a conferência on-line mostrando dados obtidos previamente em outros países sobre temas relacionados. Uma das referências apontou que o vírus da Covid-19 tem maiores chances de propiciar transtornos mentais do que outros vírus já conhecidos como, por exemplo, transtornos psiquiátricos gerais, de ansiedade e de humor. 

Damiano ressaltou que cerca de 800 pacientes foram avaliados durante a pesquisa realizada com a participação de alunos da UniMAX. Os resultados apontaram um aumento significativo da ocorrência de transtornos mentais durante a pandemia quando comparado com a média da população brasileira. 

Como conclusões da pesquisa realizada, dois fatores podem explicar o aumento no número de diagnósticos para transtornos mentais: o estado de saúde já debilitado dos pacientes e o impacto do vírus da Covid-19 diretamente no sistema nervoso central.

Os dados coletados apontaram que grande parte da população passou por situações de maior vulnerabilidade ao longo da pandemia. Entretanto, a análise estatística desses dados mostrou que nenhuma variável relacionada com estressores psicossociais, como perda de familiares, hospitalização e perda financeira foram preditores significativos para piores desfechos psiquiátricos. 

 

APRESENTAÇÃO DOS ESTUDANTES DO CURSO DE MEDICINA DA UNIMAX

Em seguida, o estudante Gian Carlo Araújo do Amaral apresentou o desenho e o arcabouço metodológico da pesquisa realizada. As alunas Bruna Marques Silva e Beatriz Latri Brunetti Peres complementaram essa apresentação com relatos sobre a experiência dos estudantes da UniMAX no Projeto de Iniciação Científica. “Tínhamos pouca dimensão do que estava acontecendo e do que estava impactando na vida das pessoas. A aplicação dos questionários de investigação de potenciais consequências pós-COVID nos permitiu ver amplamente todos os danos que a pandemia estava gerando em todos os espectros da vida”, relata Bruna.

As estudantes apresentaram os aspectos avaliados para os pacientes pós-COVID, destacando as avaliações psiquiátricas e cognitivas. Sobre os resultados dos testes cognitivos, Beatriz conta: “São testes muito simples, então achávamos que os pacientes não iriam encontrar tanta dificuldade. Mas, ao realizar esses testes, vimos que havia pacientes que não conseguiam nem fechar o círculo (desenhando), ou tinham dificuldades para ligar os números. Foi algo muito impactante”.

Logo após, o aluno Bruno Hadade apresentou o recorte sobre os impactos do coronavírus em mulheres grávidas e puérperas. O estudante apresentou publicação relacionada a relato de casos acompanhados na pesquisa e que apontaram um aumento da morbidade e mortalidade de mulheres grávidas durante a pandemia, além de um risco aumentado de transtornos psiquiátricos.

Nos dois relatos, Bruno destacou que houve comprometimento cognitivo das mulheres decorrente da Covid. Foi notado que os sintomas cognitivos que iniciaram na gravidez persistiram ao longo da fase puerperal e perduraram mesmo dez meses após o parto.

“Por ser um estudo curto, são poucos os dados para conseguirmos ter uma conclusão precisa. Porém, (este) é o primeiro (estudo) sobre esse tema, então acaba trazendo questionamentos muito importantes para que mais pesquisas sejam feitas nesse sentido”, explicou o Bruno Hadade.

 

CONTRIBUIÇÃO PARA O LIVRO “PSIQUIATRIA E COVID”

Em seguida, a aluna Júlia de Fátima Navarro Pedro contou sobre a oportunidade dada aos  estudantes da Iniciação Científica de contribuírem com a escrita de um capítulo para o livro “Psiquiatria e Covid”, do professor da Universidade Federal de Goiás, Leonardo Caixeta.

O capítulo que está sendo construído com auxílio dos alunos do Grupo UniEduK trata sobre  “Covid e os Transtornos de Humor”. De acordo com a aluna e com o preceptor Rodolfo, o conhecimento descrito no livro é produto final de evidências investigadas em artigos científicos relevantes.

Por fim, a aluna Marina Corradi fez um agradecimento a todos os apoiadores do projeto e da iniciativa da pesquisa, ressaltando a importância dessa experiência para ela e seus colegas de curso. Finalizando sua fala, a estudante cita a frase de Hipócrates: “Curar quando possível, aliviar quando necessário e consolar sempre”.

 

SOBRE A PESQUISA

Com o tema “Manifestações neuropsiquiátricas da Covi-19: um estudo de coorte”, a pesquisa teve duração de 12 meses. O trabalho foi realizado com o propósito de monitorar as alterações e manifestações do sistema nervoso central em pessoas recuperadas da Covid-19.

A pesquisa foi orientada e acompanhada pelo professor Dr. Euripedes Constantino Miguel, titular e vice-chefe do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e por Rodolfo Furlan Damiano, psiquiatra, preceptor e doutorando do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP.

Os estudantes do Grupo UniEduK apresentaram os primeiros resultados publicados da pesquisa, sendo eles Beatriz Latri Brunetti Peres, Bruna Marques Silva, Felipe Peres Albertoni, Gian Carlo Araújo do Amaral, Júlia de Fátima Navarro Pedro, Késsien Regina Sander Oliva, Marina de Menezes Corradi, Rodrigo Hadade e Vanilda Ramos Alexandre Serrano Guimarães. 

 

DESDOBRAMENTOS DA PARCERIA USP E GRUPO UniEDUK 

Após a apresentação dos alunos, o coordenador da pesquisa, Prof. Dr. Euripedes Constantino Miguel, comentou que a Iniciação Científica propiciou o desenvolvimento clínico e pessoal do estudante, além de agregar capacidades específicas em pesquisa. Paralelamente, também permitiu que o aluno desenvolvesse competência frente ao cenário da pandemia e do cuidado para pacientes pós-COVID. Na sequência, Dr. Euripedes fez uma apresentação sobre os próximos passos da parceria entre a USP e o Grupo UniEDUK, no tocante ao desenvolvimento de novas pesquisas científicas. Euripedes contou sobre três eixos de um grande projeto de pesquisa apresentado à FAPESP, também em parceria com o Grupo UniEDUK: a Neurociência Populacional, Intervenções Digitais e Ciência da Implementação. 

 

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